"Invocação do Mal" provoca pulos da cadeira com casa assombrada
Novo filme do diretor James Wan (de "Jogos Mortais" e "Sobrenatural"), o horror-thriller "Invocação do Mal", que estreia nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (13), é assustador a ponto de fazer a plateia se contorcer e pular da cadeira do cinema. Escondendo o "vilão" o máximo possível, Wan conseguiu criar sequências tensas, nas quais o espectador quer desviar os olhos da tela pelo medo do que virá após os momentos de suspense.
A história escolhida pelo cineasta é simples e conhecida: uma família se muda para uma casa afastada do restante da civilização, a criança mais nova faz um amigo imaginário e objetos começam a se mexer sem explicação. Sem saber o que fazer, a mãe da família – interpretada pela atriz Lili Taylor ("Alta Fidelidade") – chama um casal de investigadores paranormais.
Inspirado em uma história real, o filme utiliza um dos casos mais notáveis investigados por Edward e Lorraine Warren, famoso casal que rodava os Estados Unidos caçando e exorcizando fantasmas e assombrações.
Interpretados por Patrick Wilson ("Watchmen") e Vera Farmiga ("Amor Sem Escalas"), os Warren são contatados pela família Perron para investigar o que se passa na casa, localizada na zona rural do Estado americano de Rhode Island. O ano é 1971, fazendo com que o isolamento geográfico seja amplificado pela dificuldade em se comunicar com o mundo exterior.
Que a casa é mesmo assombrada, Ed e Lorraine logo constatam. O que não é tão fácil de descobrir é por que (ou por quem) os acontecimentos inexplicáveis ocorrem. E é nesse ponto que está a maior virtude do filme de Wan: os demônios estão ocultos em grande parte da película, aumentando a expectativa a cada novo susto, estimulando a imaginação a pensar em algo cada vez pior.
E não é porque não há um monstro ou vilão de traços definidos que faltam sustos em "Invocação": espelhos, armários, quadros, fósforos, um porão secreto, um piano antigo, uma boneca, animais com comportamentos bizarros e, principalmente, uma brincadeira de criança semelhante ao esconde-esconde são manipulados por Wan de modo a deixar o espectador de cabelo em pé. Tudo isso sem derramar sangue ou mutilar os corpos dos personagens, como o diretor faz em "Jogos Mortais", seu filme de estreia.
Apesar de o susto apareça como elemento central, estimulando o clima de tensão e o medo de um novo pulo da cadeira a cada cena, Wan também é competente ao enganar o público. Embora seja possível saber que a chegada dos Warren à casa não determinará o fim do horror – até mesmo pelo tempo decorrido de filme quando isso acontece – o espectador, mesmo que involuntariamente, se sente mais seguro ao saber que profissionais assumiram o caso.
Mas mesmo o cético policial interpretado pelo ator John Brotherton – responsável pelos poucos momentos de humor que funcionam como chances para que a plateia tome fôlego – descobre que identificar e assumir a necessidade de lidar com o problema é apenas o começo quando o assunto é assombração.
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