Topo

Wagner Moura vai viver palhaço Bozo no cinema

Wagner Moura vai interpretar o palhaço Bozo no cinema - AP
Wagner Moura vai interpretar o palhaço Bozo no cinema Imagem: AP

Estefani Medereiros

Do UOL, em Berlim

11/02/2014 14h08

O ator Wagner Moura, que está em Berlim para promover o filme "Praia do Futuro", concorrente ao Urso de Ouro 2014, já tem novos projetos em vista. Um deles é um longa sobre o palhaço Bozo, com direção de Daniel Rezende, montador do filme "Cidade de Deus". "É a história sobre um dos atores que fizeram o Bozo", revelou Moura ao UOL, nesta terça-feira (11), sobre o filme que terá roteiro de Luis Bolognesi.

"Primeiro preciso terminar esse filme com o [diretor José] Padilha, que ainda não tem nome", adiantou ele, sobre o novo longa do diretor de "Tropa de Elite", que será rodado no final do ano na Tríplice Fronteira e que já está com roteiro pronto. "Depois trabalho nessa estreia do Daniel no cinema e, na sequência, vou me jogar de cabeça no Marighella [filme sobre o ex-deputado, poeta e guerrilheiro baiano], que é um projeto que tenho pensado quando durmo e acordo".

Moura já conseguiu autorização da família do ativista político para iniciar as filmagens, que resultarão em sua estreia como diretor. A produção ficará a cargo da O2 Filmes, do diretor Fernando Meirelles, e contará com o apoio da atriz Maria Marighella, neta do líder comunista. O longa será baseado no livro "Marighella - O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo", escrita por Mário Magalhães.

"Praia do Futuro"
Em Berlim, Moura conversou com jornalistas após a exibição de "Praia do Futuro", filme de Karim Aïnouz. O longa chamou a atenção por conta das diversas cenas de sexo e nu frontal de Wagner Moura. Cerca de 15 espectadores deixaram a sala nas cenas que envolviam carícias do casal.

Sobre a polêmica que o filme pode gerar no Brasil, Moura disse que essa não é uma preocupação. "Não me preocupo com a recepção no Brasil. A relação que existe entre os caras é importante, mas não o mais importante no filme. Quanto mais a gente não fazer disso uma questão ou um problema, mais ajudamos politicamente contra o preconceito a homossexuais. Tem duas dimensões, uma dramática e outra política. Temos que parar de ver isso como um assunto."