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Banqueiro retratado em "Lobo de Wall Street" pede indenização de US$ 25 mi

Do UOL, de São Paulo

19/02/2014 09h28

Um ex-parceiro de negócios de Jordan Belfort, personagem real retratado no filme "O Lobo de Wall Street", entrou com uma ação por danos morais contra Martin Scorsese e os estúdios Paramount pedindo US$ 25 milhões (cerca de R$ 60 milhões) de indenização. Ele afirma que o longa, um dos concorrentes ao prêmio de melhor filme do Oscar 2014, o retrata como um criminoso louco e pervertido.

Segundo o site “TMZ”, o banqueiro de investimentos Andrew Greene --ex-executivo da Stratton Oakmont-- ainda acusa a produção de fazer piada com sua prematura queda de cabelo. No longa, o personagem baseado em Greene, Nicky "Rugrat" Koskoff (interpretado por PJ Byrne), é vítima constante de zombarias dos colegas de trabalho por usar uma peruca.

De acordo com a ação, Greene também se ofendeu com o fato de o personagem protagonizar atividades ilegais e muitas vezes antiéticas, como fazer sexo com prostitutas na frente dos colegas.

Na ação, o banqueiro diz que a caracterização prejudicou sua reputação profissional, além de nunca ter recebido pedido de autorização para uso de seu nome, imagem ou identidade. Greene também quer proibir a exibição do longa nos cinemas.

Trailer legendado de "O Lobo de Wall Street"

Glamourização do crime

Leonardo DiCaprio e Scorsese foram recentemente acusados de glamorizar o estilo de vida de "escapadas sexuais divertidas e farras com cocaína" vividos pelo protagonista.

No filme, DiCaprio interpreta Jordan Belfort, um corretor da bolsa de valores americana condenado a quatro anos de prisão por um caso de fraude. A acusação partiu de Christina McDowell, cujo pai, Tom Prousalis, era um dos sócios de Belfort. Segundo ela, o filme "exacerba nossa obsessão nacional por riqueza e status" e "glorifica o comportamento psicopático". Ela ainda acusa o filme de ser misógino e degradante para as mulheres.

Em entrevista à revista "Variety", DiCaprio, que também é produtor do filme, se defendeu dizendo que a produção pode ser mal interpretada por alguns. "Espero que as pessoas entendam que não estamos tolerando esse comportamento, nós estamos acusando isso", disse ele à publicação.

O livro já é um conto de advertência, e se você prestar atenção ao final do filme vai perceber o que estamos dizendo sobre essas pessoas e sobre este mundo intoxicante".