"Não faço filme pensando em Oscar", diz José Padilha sobre "Robocop"
O cineasta brasileiro José Padilha comentou seu novo longa-metragem “RoboCop” em entrevista ao programa “De Frente Com Gabi”, que vai ao ar neste domingo (2). “Não faço filme pensando em Oscar, mas sim na história que quero contar”, disse o diretor.
Com um investimento de mais de 130 milhões de dólares, “RoboCop” estreou nos cinemas nacionais última sexta-feira (21) e Padilha se disse positivo quanto ao resultado em bilheteria. “Vai ganhar bastante dinheiro”, afirmou. “Queria fazer um filme político e que discutisse essa automatização das armas. E eles [estúdio e produtores] gostaram da ideia de fazer uma obra fora dos moldes de super-herói.”
Por aqui, o longa-metragem é de fato um sucesso. Estreou em primeiro lugar nas bilheterias brasileiras, tendo sido visto por 602 mil pessoas, arrecadando R$ 8 milhões. Foi a segunda melhor abertura do ano, atrás apenas de "Frozen: Uma Aventura Congelante", que foi visto por 679.503 mil pessoas no fim de semana de estreia.
"RoboCop" estreou internacionalmente no início de fevereiro também em ótima posição, liderando as bilheterias em dez mercados em seu primeiro fim de semana, incluindo França, Austrália, Alemanha e Ásia.
Ele ainda comentou que sabia das dificuldades de realizar um remake dessa obra, já que o primeiro “RoboCop”, lançado em 1987 e dirigido por Paul Verhoeven, ganhou status cult ao longo dos anos, tendo acumulado milhares de fãs pelo mundo. E ainda brincou com a própria natureza do protagonista. “Todo adolescente quer ser o Homem de Ferro, ninguém quer ser o Robocop. Ele é muito mais próximo do Frankenstein do que do homem”, disse.
Sobre trabalhar com cinema no Brasil, Padilha se disse realista. "Fazer cinema aqui é um ato heroico", afirmou. "Quem faz é por amor mesmo." E quanto a possibilidade da realização de um terceiro longa-metragem da franquia "Tropa de Elite", comentou que não há nada definido. "O tipo de polícia que cada sociedade tem fala muito sobre ela. Já falei o que tinha para falar sobre violência", disse. "Não vou fazer só para ganhar dinheiro, tenho que fazer porque significa algo para mim."
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