Atores dizem que é desafio ser casal em "Godzilla" e irmãos em "Vingadores"
Elizabeth Olsen e Aaron Tayor-Johnson se vêem com uma frequência impressionante. Além de formarem o casal central de "Godzilla", a dupla aparece lado a lado em “Vingadores 2: a Era de Ultron”, ele como o mutante Mercúrio, ela a Feiticeira Escarlate. O filme chega aos cinemas em 2015 e “é um senhor exercício fazer marido e mulher em meio à destruição do planeta por monstros e depois irmão e irmã em um filme de super-heróis”, diz a atriz de 25 anos, irmã mais nova das também hollywoodianas Ashley e Mary-Kate Olsen. “As pessoas imaginam que na hora do jantar nós três conversamos sobre trabalho. Jamais! As duas são, no entanto, grandes inspirações para mim, na vida e em minha carreira profissional”, diz.
Em “Godzilla”, já em exibição nos cinemas do país, Olsen vive Elle, a mulher do personagem de Taylor-Johnson, que aparece quase sempre do outro lado da linha telefônica, preocupada com o marido e se debatendo sobre o que de fato acontece no mundo em sua volta: quem, afinal, está causando tanta destruição na Costa Oeste dos EUA?
Elogiada por filmes independentes como o drama “Martha Marcy May Marlene”, Olsen conta que pensou duas vezes antes de embarcar na viagem proposta por Gareth Edwards. “Eu estava pronta para viajar no Natal, mas ele insistiu em me mostrar um clipe que havia apresentado na Comic-Con. Era apenas um take de uma cidade devastada e a voz do físico americano J. Robert Oppenheimer falando da construção da primeira bomba nuclear, do ‘monstro’ que ele havia criado. E só apareciam partes do corpo do que viria a ser o Godzilla. E no fim, claro, aquele urro que a gente conhece. Fiquei arrepiada. Era tão bonito aquilo. E pensei: este filme, este ‘Godzilla’, assim, jamais foi feito. Quero fazer parte dele”, conta.
Johnson conta que jamais foi um fã típico de “Godzilla”, e que só tinha uma vantagem em relação a Olsen: havia, ao menos, visto o clássico de 1954. “Que é uma espécie de filme-propaganda, né? O que me interessou na proposta do Gareth foi a decisão de se contar a origem do Godzilla de uma nova maneira e a de tratá-lo como um anti-herói. E além da decisão de se investir nos personagens, para mim foi importante perceber o cuidado com a cinematografia e o visual. O resultado, acho, é impressionante”, diz.
Olsen, que faz questão de dizer que "não viu mesmo" nenhuma das versões anteriores de “Godzilla”, acredita “ter sido melhor assim, afinal todos os ‘remakes’ pós-54 deixaram de lado a representação original do Godzilla. O que mais me chamou a atenção foi voltar ao tema central do original através da história de uma família classe média, aparentemente ordinária, mas que tem uma relação íntima com Godzilla. Definitivamente, o que fizemos não foi um típico filme-catástrofe com um monstro no meio”.
As primeiras cenas de ação de Johnson se dão ao lado de seu pai no filme, o premiado Bryan Cranston, o Walter White de “Breaking Bad”, por muitos considerada a melhor série televisiva de todos os tempos. A dupla tenta descobrir o que há de fato por detrás do desastre nuclear que causou, quase duas décadas no passado, a morte de Sandra Brody, vivida por Juliette Binoche, mulher do personagem de Cranston. “Ele é uma figura. O que mais me impressionou foi a capacidade de contar piadas e se descontrair antes de uma cena intensa. Eu ria muito e depois dizia: ‘pô, Bryan, mas logo agora?”, conta o ator de 23 anos.
Olsen, por sua vez, diz que o mais difícil foi aparentar medo quando tinha à sua frente uma tela verde. “Ora, quando imaginava um monstro como Godzilla bem ali na minha frente, imediatamente pensava: “uau, que legal’!, e não ‘meu Deus, tudo irá se acabar agora’. Eu pensava, ‘gente, estou em ‘O Senhor dos Anéis!’. O que me ajudou foi imaginar que um dos monstros inimigos de Godzilla se parecia com um gigantesco morcego. Fui canalizando meu medo deste jeito e acabou funcionando”, conta.
É com o mesmo entusiasmo que Olsen fala de sua paixão pela personagem de outro filme seu, a Feiticeira Escarlate de "Vingadores 2": “Não posso adiantar muita coisa, porque é tudo top-secret, como se eu estivesse trabalhando para a CIA. Mas ela é incrível, e uma mulher absolutamente em chamas. Tão teimosa quanto épica. Wanda Maximoff é o máximo. Espero, de verdade, que esteja fazendo jus a ela e aos fãs todos”.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.