Gravar cenas de "Sex Tape" não foi nada sexy, diz Cameron Diaz
Muito se falou das cenas do filme "Sex Tape: Perdidos na Nuvem" em que Cameron Diaz e Jason Segel aparecem como vieram ao mundo --ainda que os atores não mostrem nada tão explícito. Mas a própria atriz adverte sobre as diferenças entre o que se vê na tela e o que se passou nos bastidores da comédia, que chega nesta quinta-feira (21) aos cinemas brasileiros.
"Nada disso [das cenas de sexo] é o que você pensa que é. Já se sabe bastante sobre como os filmes são feitos hoje em dia para saber que não foi uma situação íntima e sexy", disse Cameron a um grupo de jornalistas na Espanha, do qual o UOL fez parte. "Se você abrir o foco [da câmera] e ver o que está rolando, você vai de 'oh, isso parece ser legal' para 'oh, o ambiente é um show de horror'. Há lâmpadas e outras coisas, um cara cutucando o dente", diz ela, aos risos.
No filme, Cameron vive Annie, mulher de Jay (Segel). Eles resolvem gravar uma noite de sexo, em uma tentativa de reencontrar a paixão perdida após anos de casamento. As coisas se complicam quando o vídeo vaza para vários conhecidos da família através do compartilhamento de dados em "nuvem", tecnologia comum hoje em dia para guardar arquivos.
Ao tentar apagar o registro da internet, a dupla se envolve com o chefe de Annie (Rob Lowe), que é um insano empresário viciado em cocaína, e um magnata do meio pornô (Jack Black), além de sofrer chantagens do filho adolescente de um de seus amigos.
"Não é um filme particularmente explícito ou vulgar, do tipo exageradamente sexual", explica Cameron. "Mas queríamos falar de coisas vergonhosas, que causam embaraço, e que muitas pessoas podem não fazer porque não querem se expor".
Trailer legendado de "Sex Tape: Perdido na Nuvem"
Bom senso da comédia
Para a atriz, o título da comédia não engana. "Não demos meias voltas, colocamos o nome 'Sex Tape' no filme e entregamos [o que o título promete]", diz ela, colocando a comédia na mesma esteira de longas como "Missão Madrinha de Casamento" e da franquia "Se Beber Não Case".
Jason vê uma grande responsabilidade para quem se propõe a fazer comédia. "Para muitas pessoas a vida é realmente muito dura no dia-a-dia. Elas gastam muito dinheiro quando vão te ver e você tem que fazer com que valha a pena", ele diz.
Para Cameron, o humor foi essencial para dar certo. "Eu, Jason e Jake [Kasdan, diretor] pensávamos: 'Isso é engraçado para nós. Com sorte, será engraçado para todo mundo'. Nós meio que confiamos no bom senso um do outro".
Essa não é a primeira vez que Diaz e Segel interpretam um casal --eles já dividiram cenas em "Professora Sem Classe" (2011)-- e a experiência anterior contribuiu para que a gravação das cenas íntimas fosse mais confortável. "Acho que foi mais fácil porque nos conhecíamos melhor e já tínhamos nos tornado realmente bons amigos nesse ponto", conta Segel.
Cuidado com as redes sociais
Cameron e Segel veem com ressalvas o uso da internet, especialmente no que diz respeito às redes sociais. "Há algo na web que faz as pessoas se sentirem muito confortáveis em 'bater' em você de um modo visceral", afirma Segel, dizendo que desistiu de vez do Twitter.
Já Cameron conta que não vê nada sobre si mesma na internet e tem uma visão bem pessimista a respeito. "Não acho que seja um meio saudável. É uma liberdade de expressão, está dentro desse disfarce, mas é um grande poço de negatividade do universo. Se você tem todas essas pessoas que gostam de você e também há uma percentagem que te odeia, você provavelmente vai ouvir mais das pessoas que têm tempo de dizer algo desagradável do que as que têm tempo de dizer algo legal".
E depois do filme e das reflexões sobre a internet, há algo que eles recomendem a um casal com fetiche por vídeo? "Não acho que a moral da história seja 'não faça o vídeo', e sim: 'proteja-o'", defende Segel. "A portas fechadas, entre dois adultos que se amam consensualmente, tudo vale. Só sejam cuidadosos com a tecnologia".
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