Hassum diz que Jim Carrey e políticos calhordas o inspiraram em novo filme
Leandro Hassum é uma figura onipresente no humor brasileiro. Além dos programas de TV e das peças de teatro, seu rosto está estampado nas principais comédias nacionais do cinema comercial. "Sou um comediante popular. Não vou nunca deixar de fazer rir", diz ele em entrevista ao UOL. A menos de um mês da estreia de "Vestido Pra Casar", Hassum já tem um novo filme entrando em cartaz nas salas brasileiras.
Em semana de eleições presidenciais, "O Candidato Honesto", comédia dirigida por Roberto Santucci, chega aos cinemas nesta quinta-feira (2) ironizando o comportamento de políticos e candidatos. "Foram os políticos calhordas que me serviram de inspiração. Infelizmente, eu tive muitas referências para encarnar um político corrupto", diz o ator, de recém-completados 41 anos, dessa vez com ar de seriedade.
No filme, Hassum vive João Ernesto, um mentiroso e corrupto político candidato à presidência da República. Para compor o personagem, o humorista lançou mão de trejeitos e caretas características de Jim Carrey, a quem o brasileiro faz um tributo aberto. "Acho mais do que justo fazer uma homenagem imitando Jim Carrey em alguns gestuais. Sou fã do cara, acho brilhante. E já existia uma comparação por eu ser um cara que faz um humor mais exagerado e histriônico".
O mote de "O Candidato Honesto" também pega inspiração na comédia "O Mentiroso", estrelado em 1997 por Carrey. "A gente estava em Las Vegas rodando 'Até Que a Sorte nos Separe 2' e, falando sobre referências de comediantes que eu admiro, comentei sobre Jim Carrey. E 'O Mentiroso' é genial. Por que, então, não fazer uma versão brasileira com política? Meu olho brilhou, o Santucci disse que dirigiria e compramos esse desafio", conta ele sobre o nascimento da ideia do filme.
O longa dirigido por Roberto Santucci faz referências a personagens e a fatos marcantes da história da política brasileira como as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), a bancada de pastores evangélicos no Congresso e corrupção. "A gente traz o ingrediente da política e da eleição, que é latente nesse momento. É bacana usar a comédia como uma forma de falar sobre política para abrir os olhos da população e do eleitor".
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