Produzido por Pitt, drama "Selma" surge como um dos favoritos ao Oscar
O drama "Selma", que retrata as marchas pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, lideradas por Martin Luther King, foi ovacionado nesta terça-feira (11) em sua première no AFI Fest 2014, nos Estados Unidos. Aplaudido de de pé no Teatro Egípcio em Hollywood, o longa da diretora Ava DuVernay já surge como um dos favoritos na corrida pelo Oscar 2015.
O longa traz David Oyelowo ("O Mordomo da Casa Braca") no papel de Luther King, uma das apostas para o prêmio de melhor ator. O elenco conta ainda com Carem Ejogo (Coretta Scott King), Tom Wilkinson (Lyndon B. Johnson) e Cuba Gooding Jr. (Fred Gray),
Na equipe de produtores estão Brad Pitt, Dede Gardner e Jeremy Kleiner, que trabalharam juntos em outro drama racial, "12 Anos de Escravidão", vencedor das estatuetas de melhor filme, melhor atriz coadjuvante (Lupita Nyong'o) e melhor roteiro adaptado na cerimônia deste ano. Atriz em "O Mordomo da Casa Braca", a apresentadora Oprah Winfrey também participa da produção.
Promovidas en 1965, pelo movimento pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, as chamadas "Marchas de Selma a Montgomery" pediam o fim da segregação racial nas eleições. O caso ganhou repercussão nacional e a adesão de Martin Luther King.
Reprimidos pela polícia, os manifestantes tentaram realizar três caminhadas de 85 km, percorrendo a rodovia que liga a cidade de Selma, no Alabama, à capital do Estado, Montgomery. As ações conduziram à aprovação da Lei dos Direitos ao Voto, uma conquista histórica do movimento negro.
Segundo a revista "Variety", o filme faz um retrato dos movimentos pelos direitos civis (e de Martin Luther King) unindo força dramática e uma rapidez narrativa surpreendente. Ainda segundo a publicação, a trama é "politicamente astuta", revelando o lado mais humano e psicológico do ativista. "Selma" chega aos cinema americanos no dia 25 de dezembro.
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