Documentário sobre Amy Winehouse mostra que pai negligenciou vício da filha
"Amy", o novo documentário sobre a trajetória da cantora Amy Winehouse, que morreu em 2011 aos 27 anos, chegou a Cannes embrulhado em polêmica. No final de abril, um porta-voz da família dela emitiu um comunicado afirmando que o filme contém "alegações contra a família e agentes que são infundadas e tendenciosas".
Exibido neste sábado (16) no festival, o documentário não pega pesado com a família inteira - apenas com o pai de Amy, Mitch, ausente durante toda a infância, e que volta a se aproximar dela com o sucesso.
A afirmação mais contundente do filme é a de que, quando Amy teve sua primeira crise de overdose aos 23, Mitch insistiu que sua filha não precisava ser internada numa clínica de reabilitaçãoo (a "Rehab" de sua música mais famosa) para que fizesse sua primeira turnê pelos EUA.
Sua melhor amiga conta que pediu ao pai que confiscasse o seu passaporte, já que Amy não tinha condições de viajar, mas ele se negou (mesmo contra a vontade de Mitch, os shows tiveram de ser cancelados).
Seu primeiro agente e produtor, Nick Shymansky, diz uma das frases mais pungentes do filme: "Acho que ali se perdeu a grande chance de Amy se reabilitar antes da fama. OK, poderíamos ter posto a perder o álbum ´Back to Black´. Mas Amy talvez tivesse uma chance antes que mundo quisesse um pedaço dela."
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