"Pode atingir mais gente", diz Muylaert sobre representar Brasil no Oscar
"A notícia é excelente para a gente", disse Anna Muylaert sobre seu filme "Que Horas Ela Volta?" ter sido o escolhido do Brasil para concorrer a uma vaga no Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016. "O filme é popular, mas ainda está em filmes de arte. Espero que a notícia ajude o filme a chegar mais longe, a atingir bem mais pessoas", disse a diretora por telefone, ao UOL. A diretora também afirmou que agora é fazer o que for preciso para o que o filme conquiste essa vaga. "Não mediremos esforços", contou ela.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, logo após reunião da Comissão Especial de Seleção. Durante a divulgação, o crítico Rodrigo Fonseca, integrante da Comissão de Seleção, apontou que "o filme atende não apenas o pré-requisito de visibilidade, com uma carreira internacional premiada, mas fundamentalmente pela qualidade singular", disse.
No filme, Regina Casé vive Val, uma empregada doméstica que mora com seus patrões. Sua condição e seus direitos começam a ser questionados pela filha Jéssica (Camila Mardila), que deixa o nordeste e vai morar com a mãe em São Paulo para poder prestar vestibular.
Em entrevistas recentes, a diretora afirmou que o filme está indo muito bem em outros países porque as pessoas de fora começam finalmente a entender por que o Brasil é um país tão acolhedor e, ao mesmo tempo, tão violento, como retratado em "Cidade de Deus" e "Tropa de Elite". "Existe um meio do caminho, que é o nosso filme, em que a empregada é quase da família, mas não é. Ou é da família, mas da porta da cozinha para lá".
Bastante elogiado, inclusive pela imprensa estrangeira, "Que Horas Ela Volta?" chegou a ser cotado pelo site especializado "Indiewire" como forte candidato à uma indicação na categoria.
Outras apostas são o francês "Dheepan", o mexicano "Gueros", o turco "Mustang" e o húngaro "Son of Saul". Em sua carreira no exterior, "Que Horas Ela Volta?" já levou prêmios de atuação no Festival de Sundance, da crítica e do público na mostra Panorama do Festival de Berlim, e de melhor filme em Amsterdã, entre outros.
Também se inscreveram para concorrer à indicação os filmes "A História da Eternidade", de Camilo Cavalcante, "Alguém Qualquer", de Tristan Aronovich, "Campo de Jogo", de Eryc Rocha, "Casa Grande", de Felipe Barbosa, "Entrando numa Roubada", de André Moraes, "Estrada 47", de Vicente Ferraz, e "Estranhos", de Paulo Alcântara.
Nos últimos anos, os representantes brasileiros foram "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro (2015); "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho (2014); "O Palhaço", de Selton Mello (2013); "Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro", de José Padilha (2012); "Lula, o Filho do Brasil", de Fábio Barreto (2011); e "Salve Geral", de Sérgio Rezende (2010).
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