Astro de "Game of Thrones" se aventura em filme de "super-heróis" egípcios
Chega aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira (25) a aventura “Deuses do Egito”, que mostra um mundo fantasioso em que as divindades egípcias habitam entre os humanos e, assim como os deuses gregos, vivem em disputas de poder.
O longa traz no elenco Gerard Butler, que já teve sua experiência em termos de mitologia antiga em “300”, e o astro de “Game of Thrones”, Nikolaj Coster Waldau, mais conhecido como o “regicida” Jaime Lannister. No filme, Waldau interpreta o deus Hórus, que antagoniza com Set (Butler), seu tio invejoso que quer ser o deus mais poderoso do Egito roubando os dons dos outros deuses.
Em uma trama que mistura elementos de “Hamlet” com super- heróis e mitologia egípcia, o filme explora os mistérios e mitos de uma das civilizações mais antigas da humanidade, com muitos efeitos especiais.
A reportagem do UOL conversou com Nikolaj Coster Waldau sobre seu primeiro papel de destaque no cinema. Aos 45 anos e reconhecido mundialmente por seu trabalho na série da HBO, ele acredita que a visibilidade que "Game of Thrones" lhe deu certamente o ajudou a conseguir o papel.
“Acho que a melhor coisa de um programa como ‘Game of Thrones’ é que muita gente assiste. E aí seu nome ganha um rosto. Tenho certeza que o diretor [de “Deuses do Egito”] Alex Proyas me viu em ‘Game of Thrones’.”
Mas o dinamarquês é modesto ao falar de sua fama e nega ser mais famoso que seu polêmico conterrâneo, o diretor Lars von Trier ("Ninfomaníaca"). “Ninguém é mais famoso que Lars von Trier [na Dinamarca]. Nunca falei com ele, mas adoraria fazer um de seus filmes. Acho ele um dos diretores mais geniais do nosso tempo. Seus filmes são inacreditáveis.”
Super-heróis do Egito
Waldau e Gerard Butler também falaram sobre como "Deuses do Egito" se apropria de elementos dos filmes de super heróis, já que cada deus tem um poder e, quando em luta, se transformam em criaturas zoomórficas que, muitas vezes, lembram os personagens de “Cavaleiros do Zodíaco”.
“Definitivamente o filme tem esses elementos dos filmes de super heróis: é épico, fantasioso, os deuses têm seus poderes… Eu gosto disso”, disse Butler, cujo personagem, em determinado momento, parece um robô de seriado japonês, juntando “peças” de suas vítimas.
Mas por que o Egito ainda está tão em alta? Waldau ficou surpreso quando a reportagem contou que, no Brasil, a novela “Os Dez Mandamentos” obteve altos índices de audiência e que, em parte, isso se deve ao fato de a história se passar no Egito antigo.
“Há um mistério que ainda intriga sobre o Egito. Se olharmos para trás e virmos o que eles fizeram, como essas pirâmides gigantescas… Hoje sabemos que há muito por dentro dessas construções, mas ainda há mistérios. Logo após o Natal, eu vi essa história de que descobriram uma outra câmara sob uma das maiores pirâmides, onde provavelmente estaria um outro faraó… E tem as histórias sobre o que aconteceu com os arqueólogos, as doenças, as mortes, as armadilhas… É fascinante…”
A ambientação do filme também é uma releitura moderna do Egito clássico. As pirâmides têm uma tecnologia que lembra os blocos de montar da Lego, enquanto os deuses têm ouro nas veias em vez de sangue.
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