Topo

Porsche é inocentada no processo de acidente que matou Paul Walker e amigo

Do UOL, em São Paulo

05/04/2016 12h13

O acidente de carro que matou o ator Paul Walker e seu amigo Roger Rodas não foi culpa da Porsche, afirmou a Corte de Los Angeles, nesta terça-feira (5).

A decisão é uma importante vitória para a montadora, que estava sendo acusada de responsabilidade pelo acidente em novembro de 2013, mas a inocenta apenas na análise da morte de Rodas, que conduzia o Porsche Carrera GT.

Segundo a viúva de Rodas, a morte poderia ter sido evitada se o carro esportivo não tivesse “defeitos de fabricação”. A filha de Walker, Meadow, também processa a marca pelos mesmos motivos e aguarda decisão.

Segundo o "TMZ", o juiz rebateu a alegação de que o veículo não tinha reforço nas laterais e de falha na suspensão do veículo.

Os advogados da Porsche argumentaram que Walker sabia dos riscos de se guiar um carro esportivo em condições de rua, estava ciente das condições que levaram ao acidente e, por fim, seria culpado pela própria morte.

O caso

Paul Walker, que ganhou popularidade graças à série de filmes "Velozes e Furiosos", era dono do Carrera GT, mas estava no banco do passageiro.

O ator morreu aos 40 anos em consequência de "traumatismos e queimaduras", enquanto Rodas, de 38, morreu no impacto, segundo o relatório da autópsia publicado pelo Escritório do Legista do Condado de Los Angeles, que apontou "velocidade excessiva", não falha mecânica, como causa do acidente.

No processo movido contra a Porsche, Meadows Walker afirma que o ator sobreviveu à colisão do carro a 144 km/h, mas não conseguiu sair do carro por ter ossos da costela e pélvis quebrados pelo cinto de segurança, morrendo por aspiração de fumaça tóxica e queimaduras do incêndio decorrente.

Segundo os advogados da empresa, o ator também sabia que o carro tinha modificações que poderiam comprometer sua performance. De acordo com a defesa da Porsche, Walker era "um usuário experiente e dedicado do Carrera GT 2005", que portanto sabia estar a bordo de um carro "modificado e alterado" e com equipamentos "mantidos de forma inadequada".

Essa resposta da Porsche faz alusão ao fato levantado por investigadores de que o Carrera GT estaria equipado com pneus diferentes dos indicados pela empresa e com nove anos de uso.