Porta dos Fundos lança filme com leis de incentivo: "Cultura virou crime"
Autorizado a captar R$ 7,5 milhões via Ancine (Agência Nacional do Cinema), a comédia "Contrato Vitalício", primeiro filme do grupo humorístico Porta dos Fundos, teve a maior parte dos R$ 5,6 milhões do orçamento do longa oriunda de leis de incentivo à cultura, além de investimento próprio do grupo, que também é uma produtora.
"Toda área tem incentivo à cultura. A automobilística, a bélica, o que é pouco comentado. A cultura representa menos de 1% das leis de incentivo", afirmou o humorista Gregório Duvivier durante a entrevista coletiva de divulgação do longa, realizada nesta terça-feira (28) em São Paulo.
"O problema é que a cultura vem sendo criminalizada por certa parte da população", completou, antes de pedir que impostos incidam sobre instituições religiosas, grupos que, na opinião do colega Antônio Tabet, dão voz a esse discurso. "Tributação das igrejas já", pediu Duvivier.
O ator Fábio Porchat, um dos roteiristas do filme dirigido por Ian SBF, também comentou o assunto, afirmando que a Lei Rouanet também precisa ser revista. Igualmente a forma como parte das pessoas interpreta o mecanismo, criado no governo Collor em 1991.
"Nesse debate do dia a dia, acaba que ninguém sabe como a lei funciona, acha que o artista recebe diretamente o dinheiro público. Mas há questões, sim, que têm que ser melhoradas.
Filmes de longa-metragem podem buscar apoio de incentivo à cultura através de ferramentas específicas para a área, como a Ancine e o Fundo Setorial do Audiovisual. A Lei Rouanet só autoriza a captação de recursos para longas que se encaixem no quesito programas de preservação e restauração.
Estrelado pelo elenco do Porta dos Fundos, "Contrato Vitalício" estreia na próxima quinta-feira. A comédia conta a história de um cineasta que some após ser premiado em Cannes, voltando dez anos após supostamente ser raptado por "extraterrestres do centro da Terra".
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