TCU aceita rever caso "Chatô"; Fontes comemora: "Justiça sendo feita"
O TCU (Tribunal de Contas da União) aceitou rever um recurso movido em 2014 por Guilherme Fontes referente à prestação de contas do filme "Chatô, o Rei do Brasil" (2015). Com a revisão, o ator e diretor pode se isentar de ter que devolver um total de R$ 66,2 milhões ao Fundo Nacional da Cultura, valor corrigido e acrescido de juros.
Ao UOL, por telefone, Fontes contou que soube da decisão por volta do meio-dia desta terça-feira (5) e que estava muito feliz e emocionado. "A justiça está sendo feita com quem acreditou em mim e com a minha família", disse.
O recurso reavalia a decisão do TCU que condenava o ator por não ter o filme, que foi rodado nos anos de 1990, pronto em 2014. Agora que "Chatô" entrou e saiu de cartaz e está na programação do Netflix, os ministros consideraram que a produção foi concluída e que pode ser considerada prova de reconsideração.
Preocupado com a repercussão de suas declarações, Fontes disse que muita gente tentou destruir seu projeto, mas que ele não guarda ranço. "Fui acusado pelo Ministério da Cultura da época e os jornais abraçaram a ideia. Destruíram um projeto lindíssimo de cinema. E isso prova que eu estava certo", falou. "O mais legal de tudo é as pessoas terem gostado do filme. isso é impagável. Saber que as minhas contas estariam boas no final não foi surpresa. Saber que o filme ficaria bom não foi surpresa. Surpresa foi tudo mundo ter achado isso".
"Chatô", que demorou quase 20 anos para estrear, custou mais de R$ 8 milhões, valor bem acima das grandes produções da época --"O Auto da Compadecida" (2000), por exemplo, não passou de R$ 3,5 milhões. No entanto, Fontes garante que o valor do trabalho ficou abaixo do que qualquer outro do mercado, já que, além do filme, o projeto compreendia também uma minissérie e um documentário, que ele pretende lançar em breve.
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