Justiça volta atrás e reduz classificação de "Aquarius" para 16 anos
O Ministério da Justiça voltou atrás e reduziu a classificação indicativa do filme “Aquarius” para 16 anos. O novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho havia sido contraindicado para menores de 18 anos, o que causou controvérsia entre profissionais do setor.
A decisão saiu na tarde desta quinta-feira (1°), dia em que “Aquarius” entra em cartaz em mais de 80 salas, após uma reunião de pouco mais de uma hora entre a equipe de classificação da pasta e Silvia Cruz, diretora da distribuidora do longa, Vitrine Filmes, realizada em Brasília, na quarta-feira. A nova classificação ainda não foi publicada no Diário Oficial da União, mas a distribuidora já recebeu um documento do ministério, que está sendo enviado aos cinemas que exibem o filme.
“Recebemos [esta notícia] com alegria, justamente no dia da estreia”, contou o cineasta ao UOL. “Silvia Cruz foi à Brasília munida de todos os argumentos técnicos, inclusive os que eu também passei para ela. Quando você faz o filme, você tem uma ideia de como mostrar coisas, você utiliza lentes e enquadramentos, que é uma coisa que eu já tinha levantado, um dos motivos pelos quais eu não conseguia entender a classificação 18 anos”.
Anteriormente a pasta havia negado recurso da distribuidora, que argumentava que outros filmes com sexo e nudez, como “Tatuagem” (2013) e “Boi Neon” (2015), haviam recebido indicação de 16 anos, mesmo tendo cenas mais explícitas do que "Aquarius". Segundo o órgão, "Aquarius" havia recebido classificação 18 anos por conter cenas de "sexo explícito" e "drogas". De acordo com Silvia, na reunião da qual participou não só foram apontados esses argumentos, como também foram explicadas coisas como a pequena duração das cenas e o fato de não serem centrais para a trama.
Para Mendonça Filho, a notícia é "muito boa", por que as pessoas passam a ter mais acesso ao filme. "Eu acho que isso é extremamente importante para um filme como 'Aquarius'", defendeu.
Ao UOL, no fim de semana, a protagonista do filme, Sonia Braga, afirmou que a classificação 18 anos soava como uma proibição. “Quando você classifica um filme 16 anos, se os pais acham que os filhos podem assistir, eles [adolescentes] podem ver, até com menos idade, desde que na companhia dos pais. Mas 18 anos é proibir o filme! Gente, hoje uma pessoa de 16 anos tem uma grande capacidade, já pode votar, escolher quem vai ser o dirigente de um país, nos Estados Unidos também pode dirigir”.
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