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Hugh Laurie volta a filmes na comédia "A Filha do Meu Melhor Amigo"

Neusa Barbosa

Do Cineweb*

05/09/2013 15h21

Protagonizada pelo talentoso ator inglês Hugh Laurie, da bem-sucedida série "House", a comédia "A Filha do Meu Melhor Amigo" traz faíscas a partir de um romance proibido no ambiente familiar e suburbano de New Jersey. O filme estreia no circuito nacional nesta sexta-feira (5).

O elenco, que inclui Catherine Keener, Allison Janney, Oliver Platt e Leighton Meester é o melhor patrimônio deste que é o primeiro filme norte-americano do diretor inglês Julian Farino, um veterano de séries de televisão, incluindo alguns episódios de "Sex and the City" e "The Office".

Neste subúrbio confortável, duas famílias, os Wallings e os Ostroffs, são vizinhos e amigos há décadas. David (Hugh Laurie) e Terry (Oliver Platt) saem todos os dias cedo para praticar jogging. Suas mulheres, respectivamente Paige (Catherine Keener) e Cathy (Allison Janney), trocam confidências sobre assuntos como filhos e festas de Natal -- período o qual os dois casais invariavelmente passam juntos.

TRAILER LEGENDADO DE "A FILHA DO MEU MELHOR AMIGO"

Os filhos de todos, já adultos, estão tomando seu rumo na universidade ou no trabalho. Vanessa (Alia Shawkat), filha de David e Paige, já terminou seu curso de design, mas voltou para casa, entediando-se num emprego sem futuro numa loja de móveis. Bem mais aventureira, Nina (Leighton Meester), filha de Terry e Cathy, já viajou por muitos lugares, cursa a universidade e está planejando casar com o namorado, Ethan (Sam Rosen).

Uma súbita ruptura com Ethan traz Nina de surpresa de volta para casa num feriado de Ação de Graças, depois de cinco anos de ausência. O que é motivo de alegria para os pais logo se torna oportunidade de escândalo por toda a vizinhança, quando Nina se envolve com David -- e os dois resolvem assumir às claras a situação.

Mesmo com um material explosivo como este -- romance que todas as convenções e a prudência desaconselham --, o roteiro de Ian Helfer e Jay Reiss não chega a ser ousado, nem oferece material consistente para que o elenco versátil mostre tudo o que sabe. Não há uma única cena memorável no desenrolar da história, que parece estacionar, com seus poucos desdobramentos.

A falta de ousadia compromete a própria graça do enredo, que se encaminha para um desfecho com um certo moralismo. Mas se o diretor queria fazer um drama, era bom se orientar melhor, porque isso ele também não conseguiu.

*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb