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Animação "Festa no Céu" impressiona pelo colorido vibrante

Alysson Oliveira

Do Cineweb, em São Paulo

15/10/2014 15h48

A animação "Festa no Céu", que estreia nesta quinta (16), parte de um dos festejos mais populares no México: o Dia dos Mortos. Isso pode levar alguns a pensar em algo mórbido, mas é um engano —apesar da produção assinada pelo diretor e escritor Guillermo Del Toro ("O Labirinto do Fauno"), que tem uma predileção pelo bizarro.

E, embora a história —assinada pelo diretor Jorge R. Gutierrez e Douglas Langdale— seja um tanto óbvia, o visual rico em detalhes e colorido compensa esse deslize. O filme estreia nas versões legendada e dublada, em exibições 3D e convencional.

"Festa no Céu" começa numa cidade norte-americana qualquer onde um grupo de crianças bagunceiras é obrigado a visitar um museu. Logo a guia que as recepciona mostra que o passeio pode ser bem mais animado do que imaginam. Ela contará para elas a história de três jovens mexicanos e um triângulo amoroso que envolve a vida e a morte.

Maria (na versão original dublada por Zoe Saldana/na nacional, Lina Mendes), é rica, feliz e livre, não segue muito as convenções da sociedade mexicana, para desespero de seu pai viúvo.

Seus melhores amigos são Manolo (Diego Luna/ Marcelo Coutinho), jovem de uma dinastia de toureiros que sonha em ser músico, e Joaquin (Channing Tatum/Thiago Lacerda), cuja aspiração é ter respeito e admiração.

Dois deuses —A Morte (Kate del Castillo/Marisa Orth) e Xibabla (Ron Perlman/Sergio Fortuna)— fazem uma aposta sobre qual dos dois garotos conquistará o coração da menina.

Ela é mandada para um colégio interno e, quando volta, reencontra seus amigos: Manolo, a contragosto, tenta uma carreira como toureiro, enquanto Joaquin se torna herói de guerra graças a um amuleto que recebeu de Xibabla.

A Morte está sempre rondando os personagens. Quando Manolo pensa que Maria morreu, ele vai para o Mundo dos Eternizados, para onde vão as almas das pessoas que são amadas. Chegando lá, encontra sua mãe e todos seus ancestrais toureiros. Esse é um lugar de colorido e festas, onde, curiosamente, os mortos celebram a vida.

Ao descobrir que Maria não está ali, resta-lhe, então, procurar no Mundo dos Esquecidos —um lugar sombrio. Já no Mundo dos Vivos, a cidade onde moram está ameaçada por um monstro conhecido como Chacal e a sua gangue de bandidos.

O visual de cada um dos mundos é bastante distinto —variando nas formas e colorido— enquanto os personagens, embora sejam um desenho, imitam bonecos de madeira no formato e textura. A riqueza de detalhes em ambos os casos é impressionante.

*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb