Dirigido por dublê, Keanu Reeves volta monossilábico em "De Volta ao Jogo"
Apesar de estrelado pelo astro de "Matrix", Keanu Reeves, quem chama a atenção no thriller "De Volta ao Jogo" é o dublê (o mesmo de Brandon Lee, no fatídico "O Corvo") e agora diretor, Chad Stahelski. Coordenando as acrobacias beligerantes de uma dezena de franquias vigorosas, como "Os Mercenários", "Homem de Ferro" e "Jogos Vorazes", ele mostra aqui todo seu aprendizado na realização deste filme de ação sobre vingança.
Codirigida também pelo seu colega, outro dublê, David Leitch (não creditado), a história em si faz pouco sentido, mas funciona na interpretação monossilábica de Reeves. Ele faz o assassino profissional John Wick, que se aposentou para se casar com Helen (Bridget Moynahan). Mas a moça morre de causas naturais, e deixa para trás um cachorrinho para aliviar a solidão do viúvo.
Depressivo, John acaba sendo vítima de um trio de bandidos russos, liderados por Iosef (Alfie Allen, o Theon Greyjoy da série "Game Of Thrones"). Não só roubam seu carro predileto, um raro Boss Mustang 1968, mas também matam seu pet , o último resquício de sua esposa, o que por fim se configura como o crime maior dos bandidos.
O problema é que Iosef é o filho do chefe da máfia russa local, da qual Wick conseguiu se livrar graças a um sem número de assassinatos. E o pai, Viggo Tarasov (Michael Nyqvist), não quer que o antigo empregado se aproxime do primogênito. Mas quem procura vingança, a encontra em um hotel com fachada de luxo, este pertencente a um figurão, Winston (Ian McShane), em Nova York.
Em cenas realistas, embora o herói teimosamente subestime o poderio de quem ataca, vê-se algo competente dentro da média do que é exigido em filmes do gênero hoje. Depois de tanta violência, John Wick não quer deixar ninguém vivo. Dá tiros no coração, na testa e, sem querer, deixa um recado: adeus Chuck Norris, Charles Bronson, "Os Mercenários". Se o negócio é matar, não tem para ninguém, Wick está aí para isso.
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