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Presidente da Sony diz que ataque não terá impacto financeiro significativo

05.jan.2015 - O diretor-presidente da Sony fala durante evento destinado a consumidores de produtos eletrônicos, em Las Vegas - Robyn Beck/AFP
05.jan.2015 - O diretor-presidente da Sony fala durante evento destinado a consumidores de produtos eletrônicos, em Las Vegas Imagem: Robyn Beck/AFP

Ritsuko Ando

Las Vegas

07/01/2015 20h53

O presidente-executivo da Sony, Kazuo Hirai, disse nesta terça-feira (7) não esperar que o ciberataque contra o estúdio de cinema da companhia ocorrido em novembro vá ter um impacto financeiro significativo, duas semanas após o estúdio ter lançado o filme que desencadeou a investida contra a empresa.

Separadamente, a Sony Pictures Entertainment afirmou que o filme "A Entrevista" gerou receita de 36 milhões de dólares.

Hirai disse a repórteres na Consumer Electronics Show, em Las Vegas, que tinha assinado todas as principais decisões da empresa em resposta ao ataque. O governo dos Estados Unidos culpou a Coreia do Norte pelo ocorrido.

A rede da Sony foi invadida por hackers conforme a companhia se preparava para lançar "A Entrevista", uma comédia sobre uma trama ficcional para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong Un. O ataque foi seguido por vazamentos online de filmes inéditos e e-mails que causaram constrangimento a executivos.

"Nós ainda estamos analisando os efeitos do ataque cibernético", afirmou Hirai. "No entanto, não vejo isso como algo que vai causar uma perturbação material nas operações de negócios da Sony Pictures, basicamente, em termos de resultados para o ano fiscal atual."

A Sony Pictures afirmou que "A Entrevista", cuja produção custou 44 milhões de dólares, levantou 31 milhões de dólares em vendas online, a cabo e por satélite, e foi baixado 4,3 milhões de vezes entre 24 de dezembro e 4 de janeiro.

O filme ganhou outros 5 milhões de dólares em 580 salas de cinema independentes que o exibiram na América do Norte.