Três mulheres disputam Marcio Garcia na comédia nacional "Loucas pra Casar"
A comédia nacional "Loucas pra Casar", que estreia nesta quinta (8), é uma espécie de "O Sexto Sentido" de seu gênero. Não que tenha gente morta ou crianças com poderes paranormais, mas uma reviravolta próxima do fim muda a perspectiva de tudo que se viu até então.
O que também não quer dizer que o longa, protagonizado por Ingrid Guimarães, seja lá muito diferente do que o cinema brasileiro tem apresentado até agora no gênero. Trata-se apenas de um filão que a atriz está explorando, na linha do sucesso "De Pernas pro Ar", também escrito e dirigido por Marcelo Saback e Roberto Santucci, respectivamente.
Ingrid interpreta Malu, mulher bem-sucedida que trabalha numa construtora e namora seu patrão, Samuel (Marcio Garcia). Ela acredita que está pronta para casar, e só espera o pedido. Enquanto ele não vem, o casal realiza suas fantasias vivendo personagens em encontros tórridos (até o ponto que uma comédia careta permite) nos apartamentos desocupados.
Mais tarde, ela acaba descobrindo que Samuel tem outras duas mulheres, a stripper Lúcia (Suzana Pires) e a recatada Maria (Tatá Werneck), com quem também mantém um relacionamento há três anos —sem que nenhuma saiba das outras.
Começa, então, uma disputa pela atenção e o coração do mulherengo —mas também existe a possibilidade de se unirem para se vingar, o que, ao seu modo, lembraria a comédia "Mulheres ao Ataque", protagonizada por Cameron Diaz.
Mas não é bem o caso aqui. Santucci e Saback fazem, em boa parte do tempo, uma comédia física, que, às vezes, beira o pastelão. Quem não se incomodar em ver três mulheres bonitas, adultas, se estapeando por um homem pode até achar alguma graça.
Salva aqui o talento de Ingrid para a comédia —não é novidade— e de Suzana, para femme fatale mesquinha e engraçada —o que pode ser alguma novidade. Tatá, conhecida por seu humor na televisão, não se encontra no filme —nem tudo é culpa dela, até porque sua personagem é a mais chata.
Santucci dirige seu sexto filme em quatro anos —no ano passado lançou "O Candidato Honesto"—,e talvez seja hora de tirar férias, se reinventar ou ousar mais. Embora suas comédias agradem ao público, fazendo alta bilheteria, talvez seja a hora de sair da zona de conforto e tentar algo novo.
*As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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