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Ficha completa do filme

Comédia

Antes Só do que Mal Acompanhado (1987)

Resenha por Edilson Saçashima

Edilson Saçashima

Da redação 06/08/2010
Nota 1
Antes Só do que Mal Acompanhado

Um sujeito que enfrenta mil percalços no caminho até sua casa. Uma viagem em que tudo dá errado. Uma dupla de opostos formados por acaso e que não se dão bem. Todas essas situações fazem parte da história de ''Antes Só do que Mal Acompanhado''. Poderia ser mais um filme com uma fórmula conhecida e recheada de clichês. Mas o filme de John Hughes possui uma química que conseguiu resistir ao tempo e agora ganha toques de nostalgia.

''Antes só do que Mal Acompanhado'' faz parte da magra filmografia como diretor de John Hughes, que dirigiu apenas oito filmes, mas possui um extenso currículo como produtor. O cineasta se notabilizou por dirigir trabalhos como ''Curtindo a Vida Adoidado'', ''Clube dos Cinco'' e ''Mulher Nota Mil'', filmes que ficaram famosos como deliciosas matinês de adolescentes dos anos 80 que assistiam a ?Sessão da Tarde?.

São trabalhos que não possuem qualidades estéticas ou artísticas excepcionais, mas são produções equilibradas e leves. É também o caso de ''Antes Só do que Mal Acompanhado''.

Steve Martin consegue conter seu histrionismo característico para interpretar um executivo rabugento que quer voltar para casa para comemorar o Dia de Ação de Graças com sua família. No entanto, ele vai cruzar com o vendedor Del Griffith, interpretado por um carismático e simpático John Candy.

Com a dupla de protagonistas afinada, Hughes, que também assina o roteiro e a produção do filme, constrói a história como uma sucessão de situações cômicas, muitas vezes tiradas de momentos singelos e prosaicos, como a disputa de passageiros para pegar um táxi em Nova York.

No final, fica a mensagem humanista de comunhão entre as pessoas. Não é à toa que o título original, ''Planes, Trains and Automobiles'' (''Aviões, Trens e Automóveis''), se refere a meios de transporte onde a convivência obrigatória entre estranhos deve se dar de modo harmônico.

Para muitos trintões e quarentões que reverem o filme, produzido em 1987, mais que a mensagem moral, o que deve se sobressair é a memória afetiva de um tempo. A morte do comediante John Candy, em 1994, e de John Hughes, em agosto de 2009, amplia ainda mais a sensação de uma época que ficou para trás.

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