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Ficha completa do filme

Romance

Te Amarei Para Sempre (2009)

Resenha por Sérgio Alpendre

Sérgio Alpendre

Da redação 12/03/2010
Nota 1

Existem filmes que parecem destinados ao limbo cinematográfico, independentemente de suas qualidades estéticas ou atores envolvidos.

"Te Amarei para Sempre" parece um desses filmes. Ao menos no Brasil, nenhum alarde foi feito quando estreou no circuito comercial. Foi desprezado quase em todos os cantos, abandonando os cinemas logo depois.

Não é difícil perceber a injustiça. "Te Amarei Para Sempre" está longe de ser um grande filme. Complica-se desnecessariamente nas idas e vindas no tempo - fica muito mais difícil para o espectador se envolver com o drama do casal justamente por causa disso. Fosse mais direto ao ponto, sem muita areia nos olhos do espectador, seria muito mais eficaz.

Mas quando o filme pega, é pra valer. Difícil conter as lágrimas durante a segunda metade, quando fica claro o sofrimento do casal que se ama, mas não pode ficar junto sempre que quiser. Nem mesmo escolher os momentos de companheirismo e de distância - o que quase sempre é necessário para uma vida saudável a dois. Se esse domínio não pertence a eles, a felicidade lhes escapa da mesma maneira, porque parece ter sempre uma data de validade indeterminada.

Nesse sentido, o filme se aproxima incrivelmente de outros títulos que lidam com obstáculos anormais para uma relação amorosa, ainda que seja inferior aos dois: "Como se Fosse a Primeira Vez", de David Dobkin; e "A Casa do Lago", filme americano do argentino Alejandro Agresti. Dessa maneira, fica clara uma tendência que poderia ter sido criada pelos filmes românticos - cômicos ou não - nesta primeira década do século XXI: o amor com obstáculos de realismo mágico para fazer chorar os espectadores que amam.

Por enquanto ainda não virou fórmula, felizmente. Então podemos ainda nos surpreender e emocionar com esses amantes insistentes.

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