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Ficha completa do filme

Musical

Casei-me Com Um Anjo (1942)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 1

Último filme da dupla Jeanette MacDonald (1903-65) e Nelson Eddy (1901-67), dos mais criticados mas ainda simpático e divertidos. O roteiro de Anita Loos foi baseado em musical de sucesso da Broadway, de Richard Rodgers e Lorenz Hart, por sua vez uma adaptação da peça do húngaro Vaszary Janos, que havia sido comprada pela Metro em 1933 justamente para Jeanette (mas que por causa do Código de Censura ficou na gaveta. Só adaptaram para o cinema depois de ter feito sucesso na Broadway em 1938).

Mas parece que o papel estava mesmo predestinado para a atriz. Jeanette parece se divertir um bocado como o anjo que desce a Terra e tem dificuldades para se adaptar ao nosso ambiente cínico e falso. São engraçadas as seqüências com ela falando as verdades para as pessoas, na ilusão de que isso as deixaria felizes, ou mudando a disposição dos lugares em um jantar para que os apaixonados fiquem juntos, revelando os segredos de todos.

A produção caprichada e o bom elenco de apoio poderiam ter rendido um filme superior se dirigido por outro: o diretor W.S. Van Dyke (1889-1943) era impessoal e superficial, a ponto de ter sido apelidado de "One Take Woody" pelo seu hábito de fazer tudo às pressas, com um mínimo de tomadas.

Ele faria apenas mais dois filmes antes de se suicidar por razões que ficaram inexplicadas. O casal Eddy e MacDonald nunca se deu muito bem, apesar do público pensar que eles fossem casados na vida real. Por causa disso, tiveram que se reencontrar em discos e shows. A canção mais famosa é "Spring is Here". Cópia fraca, tirada de VHS. Mesmo assim, boa diversão.

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