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Ficha completa do filme

Romance

Anna Karênina (1948)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 09/04/2008
Nota 3

É triste verificar que Vivien Leigh (1913-67) teve tão poucas oportunidades de estrelato depois de seu sucesso em "E o Vento Levou", que lhe rendeu o Oscar em 1940, só recebendo novamente o prêmio em 1952, por "Uma Rua Chamada Pecado". Prejudicada pela Segunda Guerra e a obsessão pela carreira no teatro ao lado do então marido Laurence Olivier, ela fez poucos filmes nessa entressafra.

Aqui, para o importante produtor Alexander Korda, estrelou mais uma adaptação do romance de Tolstoi entre mais de 25 versões. Somente Greta Garbo estrelou duas, sendo a de 1935 considerada a melhor. A mais recente foi montada em 1997, com Sophie Marceau.

Esta produção foi realizada pelo o diretor francês Julien Duvivier (1896- 1967), um homem de talento que contou com a ajuda de uma excelente equipe que incluía o fotografo Henri Alekan (dos filmes de Marcel Carné) e o figurinista Cecil Beaton ("My Fair Lady").

Vivien, aos 35 anos, preserva sua lendária beleza, mas seu personagem não reflete a paixão. Anna surge mais como uma mulher pouco inteligente, mimada, superficial e leviana. E olha que o roteiro teve a mão do famoso dramaturgo Jean Anouilh.

O grande erro do filme foi escolher um tal de Kieron Moore (1904-2007) para o papel do sedutor. Um homem pouco atraente, mau ator que passou o resto da vida como coadjuvante. Isso derruba o filme e toda sua credibilidade, apesar do elenco de apoio ilustre e competente. Sem esquecer a bela produção.

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