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Ficha completa do filme

Faroeste

Nenhuma Mulher Vale Tanto (1952)

Resenha por Márcio Ferrari

Márcio Ferrari

Da redação 29/10/2010
Nota 1
Nenhuma Mulher Vale Tanto

Jim Bowie (1796-1836) foi uma das lendas do oeste americano. Aventureiro e explorador, teve um fim heróico ao morrer na batalha do Álamo, durante a guerra contra o México pela independência do Texas. Ficou conhecido também por ter inventado a faca Bowie, famosa no mundo anglo-saxão (David Bowie, nascido David Jones, tirou dela seu nome artístico).

''Nenhuma Mulher Vale Tanto'' enfoca justamente a fase da vida de Bowie (interpretado por Alan Ladd) em que ele criou a faca, enquanto enriquecia negociando madeira, e depois terras, na região de Nova Orleans (como se sabe, o oeste histórico nem sempre ficava no oeste). Como em todos os filmes de época ambientados ali, há muitas cenas em interiores e pesado investimento em cenários e figurinos cheios de abajures, panos brilhantes, babados e franjas, além de bailes e escravos de libré.

O clima é ideal para o surgimento de uma beldade de espartilho, sedutora e volúvel, chamada Judalon de Bornay (Virginia Mayo). Ela levará Bowie a arriscar a vida várias vezes em duelos com pistolas, espadas e, naturalmente, a célebre faca. O filme até se permite uma pitada fantástica ao mostrar a lâmina sendo forjada em metal retirado de um meteorito. Um ''fragmento de estrela'', segundo o ferreiro.

Bowie segue jogando, galopando, duelando (uma das vezes no escuro), até que sua vida sofre uma virada radical como uma espécie de redenção.

O diretor Gordon Douglas (1907-1993) assinou quase cem filmes ao longo de uma carreira bem pouco brilhante. Aqui sua falta de sutileza até combina com o visual colorido e vulgar. E, afinal, para um filme com quase 60 anos de idade, este consegue um feito nada desprezível, que é conservar a vivacidade e algum humor.

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