Johnny Guitar (1954)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2004

Nota 1

Os franceses adoram este faroeste cult que sai numa boa cópia restaurada (apesar do colorido original pelo sistema Trucolor fosse um pouco berrante demais). Não é todo mundo que vai entender o porquê de tanta admiração por uma variante de "Shane" ("Os Brutos Também Amam").

O protagonista (Sterling Hayden) tem certas semelhanças com ele, mas o ambiente é muito diferente, já que todo o conflito central é em cima de duas mulheres fortes, que se odeiam. Joan Crawford e Mercedes McCambridge (premiada com o Oscar de Coadjuvante por "A Grande Ilusão", em 1949). O diretor Nicholas Ray ("Juventude Transviada") sempre declarou que o sub-texto era lésbico, que elas haviam sido amantes e agora se enfrentam como inimigas. Veja e confirme (parece realmente não haver dúvidas, até porque as duas estrelas eram realmente inimigas entre si. E ambas alcoólatras). Há também uma bela canção tema de Victor Young, interpretada por Peggy Lee (nos extras, ela está traduzida).