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Ficha completa do filme

Drama

Performance (1970)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 03/04/2007
Nota 1

Estréia no cinema do roqueiro Mick Jagger, num filme estranho que provocou escândalo, a ponto de ter sido proibido pela censura no Brasil.

A primeira parte é basicamente uma trama policial, prenunciando a revolução do gênero que ocorreria no ano seguinte com "Carter, o Vingador" (com Michael Caine). Revela um mundo violento dominado por gângsteres londrinos da classe trabalhadora. É nesse ambiente que o persoangem de James Fox age com tal zelo que é forçado a se esconder e mudar de identidade, passando por mágico. Encontra então o roqueiro Turner (Jagger), que vive cercado por duas mulheres, uma situação que logo segue os passos do filme "Persona", de Ingmar Bergman.

"Performance" pode ser simplesmente fascinante ou esquisito demais para o espectador comum. É um candidato certo a cult, como já é no exterior. Os junkies também farão leitura interessante do filme.

Contribui para o mito a própria história do diretor escocês Donald Cammell (1934-96), que era pintor famoso e filho de milionário falido. Ele estreou no cinema com "Performance", que é co-assinado pelo fotógrafo Nicolas Roeg, encarregado da parte técnica e que faria longa carreira. Cammell também dirigiu "Geração Proteus" (1977), ficção cientifica com Julie Christie, "O Maníaco do Olho Branco" (1987) e "Nas Garras do Crime" (1995). Matou-se com um tiro de espingarda depois que os produtores refizeram a montagem de seu último filme.

O impacto de "Performance" no ator James Fox foi tão forte que logo depois ele largou o cinema durante oito anos para ser pregador religioso.

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