Doido para Brigar... Louco para Amar (1978)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2002

Nota 1

Originalmente este era um roteiro que surgiu pelas mãos de uma das secretárias de Clint, com o pedido dele entregar o script para Burt Reynolds, que costumava fazer esse tipo de fita de humor endereçada ao público do interior (misturando brigas, perseguições, humor baixo e musica country).

Os parceiros do astro se dividiram diante do projeto, mas ele insistiu em fazer com orçamento muito baixo e acabou se tornando o maior êxito de sua carreira (retornando dez vezes seu custo, ajudado por um lançamento nacional, coisa rara na época).

O filme tem pastelão, perseguições, muita pancadaria. Mas é roubado inteiramente por um orangotango chamado Clyde (no papel, um certo Manis). Na época, Clint se separou de sua mulher de muitos anos para ficar com Sondra, que faz a cantora country com quem ele se envolve.

Tem importância também na história um amigo e parceiro Orville (feito por Geoffrey Lewis, pai de Juliette), que por sua vez tem uma namorada (a eficiente Beverly D'Angelo). Outra presença memorável é da venerável Ruth Gordon (Oscar por "O Bebê de Rosemary"), fazendo a mãe maluca do herói. O roteiro é mal construído e desengonçado e funciona por causa da relação de Philo com Clyde. Durante a filmagem, Clint se desentendeu com o diretor Fargo, que era seu protegido e com quem nunca mais trabalhou. Veja a continuação, "Punhos de Aço".