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Ficha completa do filme

Animação,Comédia

Osmose Jones (2001)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2003
Nota 3
Osmose Jones

Um filme fora do comum na carreira dos Irmãos Farrelly ("Quem vai ficar com Mary?"), porque eles mesmo dizem que foi um favor para um amigo e um hiato. Obviamente foi feito para o público infantil com intenções didáticas (mas também certas grosserias e apelações para interessá-los, principalmente aos jovens afro-americanos).

É claramente uma fita até didática, onde Murray exagera e super-representa para fazer um porcalhão que se alimenta mal e pode adquirir todo tipo de vírus, para horror de sua sobrinha. O curioso é que o filme alterna cenas com atores, com outras e mais freqüentes com animação por CGI, ou seja desenho animado feito por computador, mostrando o interior do corpo humano, com o herói Osmose lutando (com muita ação) contra os bandidos que invadiram o lugar. Os próprios extras confirmam a intenção curiosa e não bem sucedida (o filme foi mal nos cinemas, não saiu em nossas salas e deve funcionar melhor agora em home video). Mas a mistura de grosseria com educação é realmente esquisito. No próprio menu de idiomas traz um Easter Egg (cena inédita) como um osso de cachorro bem visível.

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema [resenha-data-cadastro]
Nota 3

Os irmãos Farrelly tentaram realizar aqui uma das coisas maisesquisitas que já vi: um desenho animado didático e cheio de boas lições, ao mesmo tempo que fazem piadas de banheiro, com todas as funçõesintestinais (daquele tipo de piada de meleca que criança adora).

A fita mistura cenas com atores, em particular o herói Frank (Bill Murray) que é um viúvo, pai de uma garotinha, que trabalha no zôo e não se cuida. Ao contrário, come junk food e ingere um vírus que pode ser mortal Corta-separa dentro do corpo dele, onde existe uma cidade com prefeito corrupto, policiais bem intencionados (a voz é do negro Chris Rock), diversos vírus e assim por diante. Daí em diante faz -se um paralelo entre o que sucede fora e dentro com o vírus tentando matá-lo e a fita ilustrando os perigos de se comer mal, não fazer exercício; em outras palavras, não se cuidar (e assim deixar os filhos órfãos). Ou seja, uma lição de moral até que válida mas que podia passar muito bem em escolas, só que intercalada por baixarias.

O problema também é que faltaram melhores piadas (a fita tem uma animação mediana, com grande ênfase no público negro, talvez por causa dessa proposta educacional). Francamente não sei até que ponto uma criança quer ouvir sermão ou terá a força para dar conselhos para seu pai se alimentar de forma mais saudável. Mas sem dúvida, é uma fita curiosa, que fracassou nos Estados Unidos.

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