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Ficha completa do filme

Aventura

Mestre dos Mares: O Lado Mais Distante do Mundo (2003)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2004
Nota 1
Mestre dos Mares: O Lado Mais Distante do Mundo

Promovido como um grande filme de aventuras, esta realização de Peter Weir ("A Testemunha") acabou decepcionando. Mas levou o Oscar de Fotografia (ela resulta escura no DVD) e de Edição de Som. Foi ainda indicado como Direção, Figurinos, Direção de Arte, Montagem, Maquiagem, Som, Efeitos Visuais e Filme.

Na verdade, é muito barulho por pouco. A história é simples. No final das contas, a trama do filme é sobre uma Fragata britânica atacada por outra francesa e que parte em busca de vingança. Fora disso, você fica conhecendo mais sobre os hábitos e costumes da época na Marinha Britânica.

Mas nada de especialmente interessante. Nem mesmo o fato de que a história começa nas proximidades da costa do Brasil. Os ingleses ficam avariados, tendo que parar num banco de areia no litoral do nordeste brasileiro para fazer os reparos o mais rápido possível e partir para vingança. Passam por tempestades, calmaria, insubordinação, homem ao mar, discussão entre o alto escalão da embarcação, quebra de protocolo, demonstração de amizade e também por Galápagos (aquela de Darwin), com sua fauna e flora peculiares, além das belas paisagens insólitas. Mas só. Não tem nada que faça recomendar o filme. Há duas batalhas, uma no começo e outra no fim, ambas impressionantes, bem filmadas, editadas no ritmo de videoclipes.

A história é inspirada numa série de livros publicada ao longo de 30 anos pelo escritor Patrick O'Brian (em vez de pegar o primeiro, ele preferiu um dos posteriores). Como filme de mar e ação, é muito melhor "Piratas do Caribe". Nem Russell Crowe está especialmente interessante ou num grande momento. Seu parceiro de "Uma Mente Brilhante", Paul Bettany sai-se até melhor que ele. Noventa por cento do filme foi feito no mesmo tanque no México que "Titanic".

No livro, o inimigo era uma nave americana, mas acharam melhor mudar! Deviam era ter feito um filme mais ágil, mais envolvente.

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