Julgamentos de Guerra (2005)

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2006

Nota 1

Não conhecia Wendy Crewson (nem lembrava dela em fitas como "O Homem Bicentenário" ou "O Anjo Malvado"). O fato é que ela tem uma carreira longa e deve ser popular no Canadá natal para justificar sua escalação no papel central deste telefilme, que conta uma história séria, importante e ainda mal conhecida.

O problema é que ela não segura os requisitos dramáticos, no que poderia ter sido um show de atriz. Mas ela é medíocre e atrapalha um filme muito bem intencionado, que tenta humanizar os esforços de uma juíza canadense, que embarca num projeto furado, já que parece impossível abrir processos contra pessoas que ainda estão no poder e sem a ajuda dos chefes militares (que tem medo de se envolverem e receio de iniciarem novos conflitos).

O filme dá importância a história de um tradutor cuja mulher foi presa num campo de estupro (parece inacreditável mas existiu isso lá) mas nem sempre chega a ser suficientemente indignante, supondo que o espectador seja mais informado. O que não é o caso.

De qualquer forma, ela consegue chegar até o presidente sérvio Slobodan Milosevic, acusando-o de crimes contra a humanidade. Hurt faz o general americano e Corbett ("Casamento Grego"), um oficial que tenta ajudá-la. Mas é melhor a intenção do que a realização.