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Ficha completa do filme

Comédia

Caixa Dois (2006)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 28/08/2007
Nota 1

Não há duvida de que a peça era melhor e mais engraçada. E dá para entender por que o autor Juca de Oliveira ficou tão aborrecido. Por isso, os letreiros dizem que o filme é "inspirado" na peça e não "baseado". Ou seja: mexeram tanto que muitas coisas se perderam ou se diluíram.

O resultado, porém não é desastroso. O filme tem problemas: é todo rodado em planos próximos, como se já estivesse destinada a televisão, e isso enfeia o visual. Além disso, a história custa a engrenar e a discussão na sala de estar da família resulta longa e menos engraçada do que devia. Mas ainda é um ataque oportuno à corrupção que impera em nosso país. O curioso é que a peça foi escrita já faz anos, em outro governo, e o tema continua atual.

As risadas que o filme provoca são quase todas graças ao elenco liderado brilhantemente por Fúlvio Stefanini, um ótimo ator que o cinema aproveita muito pouco. Como o dono do banco, com jeito de Al Gore, ele tem o tom exato de comédia, sem exageros, sem perder piada. Consegue transformar o corrupto num adorável canalha. Como seu comparsa, Cássio Gabus Mendes não fica atrás, nem Zezé Polessa e Daniel Dantas como o casal classe média.

O filme não teve o público que se esperava, talvez porque os espectadores já estivessem cansados de corrupção toda hora na TV.

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