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Ficha completa do filme

Drama

Maria Antonieta (2006)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 01/01/2005
Nota 1

Drama histórico, um dos últimos projetos do lendário produtor Irving Thalberg (1899-1936), que morreu antes de vê-lo realizado. Era um veículo para a esposa dele, Norma Shearer (1900-83), grande estrela nos anos 20 e 30, hoje quase esquecida e com poucos filmes em circulação.

É uma luxuosa produção, com extraordinária direção de arte, repleta de objetos autênticos, e com o guarda-roupa desenhado por Adrian reproduzindo meticulosamente as roupas da época. Também é bastante fiel aos fatos históricos, abordando até os episódios mais controversos (a incapacidade sexual de Luís XVI, o amante sueco interpretado por Power, a possível filha bastarda, os partos realizados quase em público).

Deixa para a imaginação do público apenas o fatídico depoimento do jovem príncipe, que a condenou no tribunal revolucionário, impossível de ser abordado em 1938: os membros do tribunal conseguiram persuadir o menino a testemunhar que havia sido masturbado pela mãe e por suas damas de companhia.

Norma está mesmo encantadora no papel, embora aos quase 40 anos fosse duas vezes mais velha que a personagem (ela foi premiada em Veneza e indicada ao Oscar por sua atuação). O filme ainda teve indicações para Direção de Arte, Trilha Musical (de Herbert Stothart) e Ator Coadjuvante, pela tocante e patética personificação de Luís XVI de Robert Morley (em papel que seria de Charles Laughton, que foi considerado velho demais).

Um belo filme, uma vitrine do que a Metro era capaz em seus anos de ouro. A cópia tirada de VHS é mediana e não chega a comprometer.

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