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Ficha completa do filme

Policial

Valente (2007)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 11/03/2008
Nota 3
Valente

Diante do fracasso de bilheteria nos EUA, nem foi lançado no Brasil. Esta é a versão feminina de "Desejo de Matar" (Death Wish, 1974), aquela série de filmes estrelados por Charles Bronson que exploravam a teoria do vigilante, da justiça feita pelas próprias mãos.

Como Jodie Foster tem acertado em papéis de mulher forte que reage em momentos de perigo, o produtor Joel Silver achou que era uma boa idéia ressuscitar esse tipo de projeto, chamando para dirigi-lo o famoso e competente irlandês Neil Jordan ("Traídos pelo Desejo" e "Entrevista com o Vampiro"). O resultado é óbvio: um filme violento, um tanto anacrônico, e que foi rotundo fracasso de bilheteria nos Estados Unidos.

Aqui, o primeiro problema do filme é com o titulo nacional que dá a impressão de que 'Valente' é nome de Cachorro. Apesar disso, a historia é bem contada, os atores estão convincentes. O que incomoda, no entanto, é a manipulação para que o espectador fique ao lado da heroína e aceite seu comportamento esdrúxulo.

Jodie faz Erica Bain, uma apresentadora de programas de rádio em Nova York, em que atende ouvintes e faz crônicas poéticas sobre a cidade. Certa noite, enquanto passeava com o noivo de origem indiana (Naveen, do seriado "Lost") no Central Park, é atacada por delinqüentes que matam seu amor, roubam o cachorro e estupidamente gravam tudo em vídeo.

Por pouco Erica escapa. Traumatizada, busca os agressores ao mesmo tempo faz amizade com um detetive da policia (feito pelo indicado ao Oscar Terrence Howard). Eventualmente, começa a virar justiceira - salvando uma jovem prostituta ou matando como Bronson desordeiros no metrô - e se acostuma a ser uma assassina. Igual a dezenas de outros filmes, "Valente" talvez se diferencie apenas na conclusão amoral e cínica. Nada reconfortante.

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