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Ficha completa do filme

Comédia

Agente 86 (2008)

Resenha por Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Especial para o UOL Cinema 11/11/2008
Nota 1

Por estranho que pareça e contra todas as expectativas, é bem divertida esta versão para a tela grande da célebre série de TV que durou de 1965 a 1970, com Don Adams (já falecido) e Bárbara Feldon, e foi criada por Mel Brooks e Buck Henry (que participaram como consultores deste filme). Era difícil acreditar que funcionasse porque já havia sido produzido em 1980 uma versão para o cinema, "A Bomba que Desnuda" ("The Nude Bomb"), que já é bem definida por seu título.

Grande parte do acerto se deve à escolha do ator para interpretar o agente Maxwell Smart, Steve Carrell (de "The Office" e "O Virgem de 40 anos"), que tem o estilo cara-de-pau perfeito para o tipo. Não faz caretas, evita reações, mas tem o timing perfeito.

Também foi correto chamar a encantadora Anne Hathaway, de "O Diabo Veste Prada", para fazer a Agente 99, já que ela tem a exuberância e charme necessários. Alem disso, o filme é extremamente fiel ao original, repetindo todos os momentos mais queridos e famosos.

Smart é um brilhante analista que continua nos escritórios, mas sonha em ser agente de campo, participando de perigos reais, ao lado de 99. No caso, a KAOS volta a agir e, quando o escritório é atacado, ele vai parar na Rússia. É óbvio que não faz muita diferença a trama, porque ela é mero pretexto para as piadas e gags, quase todas funcionando e algumas muito engraçadas.

Ao final há uma grande perseguição de trem, mas a minha cena favorita é uma espécie de disputa de danças entre os agentes. Era de se supor que o personagem estivesse superado pelo tempo (afinal, é a enésima sátira aos espiões estilo James Bond). Que ele funcione e bem é quase um milagre!

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