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Ficha completa do filme

Documentário

Capitalismo: Uma História de Amor (2009)

Resenha por Ana Maria Bahiana

Ana Maria Bahiana

Da redação 09/07/2010
Nota 1

Primeiro Michael Moore foi atrás dos responsáveis pela falência de sua cidade, Flint, no Michigan, antiga sede da General Motors, no documentário "Roger e Eu", de 1989. Depois de uma longa temporada caçando mazelas diversas na TV, Moore voltou aos longas, e passou 20 anos investigando por que os norte-americanos vivem se matando com armas de fogo ("Tiros em Columbine", 2002), como seus políticos podem mentir tão desbragadamente ("Fahrenheit 11 de Setembro", 2004) e por que a saúde pública é uma calamidade no país mais rico do mundo ("Sicko - $O$ Saúde", 2007).

Mas tudo isso, ele diz agora, era uma preparação, um exercício gradual que o levou a refletir sobre o que realmente estava errado com seu país. Agora, Moore concluiu, ele acertou no verdadeiro alvo: "Capitalismo. Capitalismo é moralmente errado. Mais que errado, é inaceitável. As leis que regem nosso sistema econômico dizem claramente que o objetivo principal de uma empresa é gerar o maior lucro possível para seus acionistas. O maior lucro possível... Não se fala em construir nada, contribuir com coisa alguma. Isso é uma monstruosidade que só pode gerar outras monstruosidades.?

As monstruosidades que Moore revela em seu novo documentário, "Capitalismo: Uma História de Amor" incluem corporações que lucram com a morte de seus empregados- principalmente se forem mulheres jovens-, pilotos de jato obrigados a trabalhar como garçons para complementar seus salários e famílias que se vêem sem teto depois de anos pagando suas cada vez mais caras hipotecas. ?Não são estes ou aqueles elementos que estão errados. Isso é raciocinar como aquelas pessoas bem intecionadas mas ingênuas que, no século 19, queriam regulamentar o trabalho de crianças. Não adianta regulamentar a ganância, que é base do capitalismo. Isso simplesmente não pode mais existir.?

Estaria Moore advogando o socialismo para os EUA? ?Ou o comunismo, mesmo??, ele pergunta com um sorriso maroto. ?Não. Não acredito em ditaduras, apenas em democracia. Exatamente como os fundadores da república norte americana, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, George Washington, que acreditavam na propriedade privada mas desconfiavam dos bancos. Será que, em pleno século 21, não temos uma alternativa melhor ao capitalismo do que comunismo? Temos que sair dessa discussão, ser criativos.?

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