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Saga Crepúsculo

08/11/2010 - 21h29 / Atualizada 09/11/2010 - 19h52

"Nós nos sentimos seguros filmando no Rio", diz Bill Condon, diretor de "Amanhecer"

CARLOS HELÍ DE ALMEIDA
Colaboração para o UOL, do Rio
  • O diretor Bill Condon fala aos jornalistas em coletiva de imprensa sobre o filme Amanhecer, no Rio (08/11/2011)

    O diretor Bill Condon fala aos jornalistas em coletiva de imprensa sobre o filme "Amanhecer", no Rio (08/11/2011)

Decidida da noite para o dia, uma entrevista coletiva foi convocada para esta segunda (8), no Rio de Janeiro, reunindo a produção e direção do filme "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1" e o presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão. Por parte do filme, falaram o diretor Bill Condon e o produtor Wyck Godfrey. Robert Pattinson e Kristen Stewart, atores que interpretam o par romântico Edward e Bella, não participaram do evento. A equipe chegou na sexta (5) no Brasil e deve permanecer por uma semana no país ainda.

Condon afirmou que foi fácil encontrar na cidade do Rio o que precisavam para se adequar ao cenário do livro. E, quando indagado sobre a questão da segurança da equipe, foi objetivo. "Nós nos sentimos seguros filmando no Rio", disse o cineasta. "Mesmo assim, contamos com total apoio da [distribuidora do município] RioFilme e do governo do Estado."

Sá Leitão, que durante a entrevista tuitou alguns comentários sobre as perguntas dos jornalistas a respeito de problemas durante as filmagens de domingo (7) na Lapa, também falou sobre os investimentos da Prefeitura e do governo do Estado. "Claro que uma produção deste porte tem problemas. Por melhor que seja o planejamento. Mas foram ínfimos. O resultado geral é excelente", escreveu ele.

O presidente da RioFilme revelou, em entrevista por telefone ao UOL Cinema, que a instituição desembolsou US$ 500 mil para ter a produção de "Amanhecer" no Rio de Janeiro. Segundo explicou, esse dinheiro é repassado para os parceiros brasileiros da produção. "Em contrapartida, eles trouxeram US$ 3 milhões para cá", disse ele. No caso de "Velozes e Furiosos", o valor do investimento trazido foi de US 2 milhões. "E, por conta da ação das Film Commision e do governo do Estado, não tivemos que aportar nenhum valor."

Sá Leitão adiantou ainda que até o início do ano que vem o Rio de Janeiro deverá receber mais duas produções de grande porte. Uma até dezembro e a outra no primeiro trimestre de 2011. "Só não posso revelar quais serão os filmes por conta dos contratos, que ainda não foram assinados", disse ele. O programa "Rio Global", da RioFilme, terá uma linha de financiamento de US$ 3 milhões por ano para a realização de ações como essa.

Lua-de-mel de Edward e Bella

  • Agnews

    Kristen Stewart e Robert Pattinson gravam cena de beijo para o filme "Amanhecer" no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro (7/11/2010)

A tão aguardada lua-de-mel entre Bella e Edward, o par romântico da saga “Crepúsculo”, começou a virar realidade (cinematográfica) no último fim de semana no Rio. Os atores Kristen Stewart e Robert Pattinson, que chegaram à capital fluminense ainda na sexta-feira (5), filmaram as primeiras cenas brasileiras de ‘Amanhecer’, quarto capítulo da franquia vampiresca, com estreia prevista para novembro de 2011, em um barco, na marina da Glória, e nas ruas e casas noturnas da Lapa, a região boêmia do Centro da cidade.

Os trabalhos iniciais terminaram no final da madrugada de hoje (8). “O livro de Stephenie Meyer já mencionava que a lua-de-mel de Bella e Edward se passava no Brasil, mas quisemos ampliar essa passagem e dar ao espectador o sabor real da vida no país e no Rio”, explicou Condon ("Deuses e Monstros", "Dreamgirls") durante a assinatura do acordo de cooperação entre a produção americana e o Rio Film Comission, a distribuidora  RioFilme e as produtoras brasileiras parceiras (Total Enterteinment e Zohar Cinema).

O quarta capítulo da saga foi dividido em dois filmes; o segundo chegará aos cinemas em 2012. A produção de “Amanhecer” ficará no estado pelo menos mais uma semana, pois ainda estão previstas sequências em Paraty, cidade histórica situada no litoral Sul do estado, e em uma reserva ecológica da Zona Oeste. “Tentamos evitar as  locações já excessivamente filmadas por outras produções estrangeiras. A Lapa, por exemplo, foi escolhida porque é um lugar onde os jovens cariocas de verdade se encontram”, explicou Condon.

Alguns incidentes registrados ontem na Lapa foram atribuídos à queixas de moradores da região, supostamente incomodados com os transtornos causados pela produção, que fechou diversas ruas da Lapa. Chegaram a atear fogo em um banheiro químico da região; à noite, alguns moradores não conseguiram chegar em casa porque não tinham comprovantes de residência em mãos. “Negociamos  antecipadamente a interdição da área em que filmaríamos. Até os comerciantes que precisaram fechar suas portas mais cedo foram ressarcidos. Todos os problemas foram rapidamente contornados”, contou Sérgio Sá Leitão, diretor da RioFilme.

O produtor Wyck Godfrey confessou que a fama da violência carioca não intimidou sua equipe. “Tanto a equipe quanto o elenco tem se sentido muito seguros trabalhando aqui, até porque contamos com o apoio dos órgãos do governo e de nossas produtoras parceiras”, elaborou o executivo por trás de todos os filmes da saga “Crepúsculo” e de superproduções como “Eu, Robô” (2004).

Ganhador do Oscar de roteiro por “Deuses e Monstros”, Condon prometeu não repetir a grosseria feita por Sylverter Stalone, que saiu falando maravilhas do Rio durante as filmagens aqui de “Os Mercenários” e depois debochou da cidade na época do lançamento da produção. “Esqueçam  Stallone. Estamos adorando nossa temporada aqui, a receptividade do povo carioca. Inclusive, já fui convidado para participar do Festival do Rio do ano que vem”, contou.

No fim de semana o Rio recebeu também a equipe da nova sequência da franquia “Velozes e Furiosos”, estrelada por Vin Diesel, outra produção que contou com o suporte da RioFilme. Os dois longas-metragens vão deixar na cidade cerca de US$ 5 milhões. “São recursos trazidos de fora que são usados na contratação de equipe, figuração, em prestação de serviço, ou seja, dinheiro aplicado na economia da cidade”, explicou Leitão. “Estamos trabalhando para atrair investimentos para o audiovisual local, mas também para que o Rio se consolide como um polo internacional”.

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