CANNES, 24 MAI (ANSA) - Um filme imprevisível de Wim Wenders, no qual um discurso metafísico sobre a morte se apresenta disfarçado de um filme policial clássico, fechou o concurso do 61º Festival de Cannes.
"The Palermo Shooting" esteve acompanhado por um excelente filme francês de Laurent Cantet que examina o problema da tensa relação entre professores e alunos de um colégio de um bairro parisiense e por um inesquecível filme de Eric Khoo, "My Magic", que conta o reencontro entre um pai e um filho divididos pelo álcool.
Wenders, 62 anos, um dos pais da Neue Welle do cinema alemão dos anos sessenta, em sua nova presença em Cannes (onde ganhou a Palma de Ouro em 1984 por "Paris, Texas") faz um jogo de palavras com "shooting", que em inglês significa tiroteio, mas também o ato de tirar fotos.
O protagonista é um fotógrafo de moda alemão que é tomado por um vago pressentimento da morte e se refugia no extremo sul europeu para fugir dela.
O fotógrafo, após uma série de encontros fortuitos com a morte, pode ao final receber o encargo de comunicar ao mundo que ela não é o fim da vida, mas sim uma porta aberta a uma nova realidade. (ANSA)