No terceiro dia do 62º Festival de Cannes, o cineasta e crítico brasileiro Eduardo Valente comenta em sua coluna "Diário de Cannes", na revista eletrônica Cinética, dois filmes, um da seleção oficial e outro da mostra paralela Quinzena dos Realizadores: "Politist, Adjectiv" (Policial, Adjetivo), de Corneliu Porumbiu, e "Ne Change Rien" (Nada Muda), de Pedro Costa.

Em 2006, o romeno Porumbiu ganhou a Camera D'Or, prêmio dado ao melhor filme de cineasta iniciante, com "A Leste de Bucareste". Para Valente, ele "filma o seu protagonista com uma câmera que recusa o recurso fácil e contemporâneo da câmera na mão para imprimir "realismo" (...)". Já o português Pedro Costa, nome muito conhecido no circuito de arte e dos festivais de cinema, "se dedica a exatamente [a] esta missão: filmar a luz e o som, quase em estado bruto". Para ler mais, clique aqui.

Além de acompanhar a programação e comentar os filmes no "Diário de Cannes", Valente participa do festival como diretor. Ele faz parte da seleção oficial com "No Meu Lugar", seu primeiro longa metragem de ficção. om produção da VideoFilmes, o filme acompanha três histórias passadas em tempos diferentes, após um assalto a uma casa de classe média alta, no Rio. O roteiro de "No Meu Lugar" também foi desenvolvido no programa da residência do Festival, em Paris.

Cineasta, crítico de cinema, curador de festivais e professor, Valente ganhou fama em 2002 ao receber o primeiro prêmio da Cinéfondation, competição de filmes de escola do Festival de Cannes, pelo curta-metragem "Um Sol Alaranjado". No júri, Martin Scorsese era o presidente, o que conferiu peso ainda maior ao reconhecimento. Os curtas seguintes, "Castanho" (2003) e "Monstro" (2005), também passaram pelo festival.

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