CANNES - O austríaco Christoph Waltz, de 52 anos, que neste domingo recebeu o prêmio de melhor ator no 62º Festival de Cannes, é conhecido por seus papéis de homem mau na TV, como o oficial da SS "caçador de judeus" em "Inglourious Basterds", de Quentin Tarantino.
Waltz é explosivo desde a cena inicial deste filme com ares de western que reescreve de forma espetacular a Segunda Guerra Mundial, ao lado de Brad Pitt.
O ator austríaco encarna o coronel Hans Landa, que vai à casa de um fazendeiro francês para interrogá-lo, já sabendo que o homem esconde uma família judia. A tensão sobe ao ritmo de suas palavras doces e depois ameaçadoras.
Quentin Tarantino temia não encontrar um ator capaz de encarnar um nazista poliglota, fluente em inglês, francês, alemão e italiano, até que Waltz apareceu.
Waltz começou a carreira no teatro, em Viena, no ano de 1977, antes de atuar em Zurique, Colônia, Hamburgo, Frankfurt e Salzburgo, até o início dos anos 80.
Em 1982, recebeu o prêmio O.E. Hasse de jovem ator da Academia de Artes de Berlim por seu papel em "Amadeus", na Schauspielhaus de Zurique. Neste mesmo ano, iniciou no cinema com "Feuer und Schwert", a lenda de Tristão e Isolda.
A partir de 1996, Waltz recebe vários prêmios, incluindo o do festival de TV de Baden-Baden, como melhor ator por "Du bist nicht allein", onde faz o cantor alemão Roy Black.
Por sua interpretação em "Der Tanz mit dem Teufel", sobre o sequestro, em 1976, de Richard Oetker, filho de um industrial alemão, Waltz recebe, em 2001, o prêmio Adolf Grimme, o mais importante da TV alemã.
O ator, que vive em Londres com sua família, também participou de produções estrangeiras, como "Ordinary Decent Criminal" (2000), com Kevin Spacey e Colin Farrell, e "Catarina, a Grande" (1995), com Catherine Zeta-Jones, Omar Sharif e Jeanne Moreau.