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18/02/2010 - 16h58

"Bróder" atrai atenção de público e jornalistas, mas recepção é neutra

ALESSANDRO GIANNINI
Enviado especial a Berlim
  • Divulgação

    O diretor Jeferson De e o ator Caio Blat falam sobre o filme brasileiro ''Bróder", exibido no 60º Festival de Berlim

O filme brasileiro "Bróder", estreia de Jeferson De na direção de longas-metagens, teve sua segunda exibição - uma sessão dupla, na verdade - esta tarde na mostra paralela Fórum do 60o. Festival de Berlim. Depois de uma primeira sessão para a imprensa razoavelmente bem sucedida, houve uma grande afluência tanto de público quanto de jornalistas que não conseguiram assistir à primeira sessão. Embora duas salas do complexo Cinemaxx, ao lado do quartel-general do festival, tenham quase lotado, a recepção foi neutra e sem aplausos.

A reação é natural para um filme em que o tema passa pelo abismo social que caracteriza uma metrópole como São Paulo. No filme, Caio Blat é Marco Aurélio, filho mais velho de uma família mestiça de pai negro (Ailton Graça) e mãe branca (Cássia Kiss), que vive no Capão Redondo, bairro violento da zona Sul paulistana. Envolvido com a bandidagem local, Macu, como é chamado, aceita participar de um "serviço" para se livrar de uma dívida. E, claro, o resultado não é dos melhores.

Embora construa a história em cima das diferenças raciais e sociais que estão sumarizadas na estrutura da família e no sucesso de seus diferentes integrantes, Dê conseguiu fugir do clichê e do esquematismo trabalhando muito na interpretação dos atores, na improvisação das falas e investindo na agilidade da câmera. É uma surpresa ver que ainda há frescor na visão de um tema tão visto e revisto no cinema brasileiro recente.

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