Diário de Berlim: Tarantino termina filmagens de "Inglorious Bestards" na segunda
ALESSANDRO GIANNINI Enviado Especial a Berlim
Primeira imagem de Brad Pitt em "Inglorious Basterds", dirigido por Quentin Tarantino
Lloyd Phillips, um dos produtores de "Trama Internacional", falou com a imprensa na rodada de mesas redondas com jornalistas estrangeiros promovida pela Sony Pictures. Ele revelou que está em Berlim desde julho acompanhando as filmagens de "Inglorious Bestards", de Quentin Tarantino, sem revelar muito sobre o filme, uma releitura de "Assalto ao Trem Blindado" (1977), de Enzo Castellari. Só deixou escapar que as filmagens, que deveriam terminar no domingo (8), acabariam na verdade na segunda (9). E que a pressa se deve ao calendário dos festivais. "Queremos terminar justamente para tentar levá-lo a Cannes".
Ainda sobre "Trama Internacional", Tom Tykwer e Clive Owen riram muito durante a entrevista coletiva de ontem por conta das perguntas a respeito da semelhança entre eles. Na verdade, qualquer possibilidade de ambos serem parecidos termina nos traços e na altura - talvez no branco dos olhos. Tykwer, um alemão de feições mais duras, tem muita desenvoltura e naturalidade para lidar com os jornalistas. Owen, uma cara conhecida do público, tem uma relação mais tensa com a imprensa. Ele só relaxou durante sua rodada de entrevistas quando falou de uma de suas paixões, o futebol. Pena que o Liverpool, time do coração do ator, não anda bem das pernas no campeonato inglês.
"Terra Madre", documentário inédito de Ermano Olmi, veterano cineasta italiano, atraiu a atenção de muita gente na sessão de imprensa do filme, na quinta (5) à noite. Parte da mostra especial "Cinema Culinário", o filme regista alguns encontros do movimento mundial de Slow Food, o Terra Madre, que preconiza a volta às raízes com relação à alimentação e o consumo. A primeira parte do filme, que centra foco nos encontros do grupo multinacional com sede em Turim, é muito boa, além de ilustrar o que estão fazendo no sentido de preservar o planeta. A segunda parte, no entanto, deixa muito a desejar, já que Olmi exagera no uso da metalinguagem.