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12/02/2009 - 14h08

"My One and Only" traz Renée Zellweger no papel de mãe coragem

ALESSANDRO GIANNINI
Enviado especial a Berlim
"My One and Only" foi o último filme a ser anunciado pela organização da Berlinale na mostra competitiva. O diretor Richard Loncraine contou na quinta (12), após a primeira sessão para a imprensa, que havia sido desencorajado pela comissão de seleção a tentar incluí-lo, pois a competição estava praticamente fechada. "De qualquer maneira, pediram para eu mandar uma cópia digital", disse ele. "Para a minha surpresa e satisfação, eles gostaram muito e abriram uma exceção." Fizeram muito bem, a julgar boa receptividade de sua primeira platéia. É improvável, no entanto, que consiga dobrar o júri linha dura presidido por Tilda Swinton.

Divulgação
Renée Zellweger está em "My One and Only", do diretor Richard Loncraine

Com Renée Zellweger, Logan Lerman e Mark Rendall nos papéis principais, o filme reconstitui a aventura de uma mãe que abandona o marido mulherengo e cruza os Estados Unidos de costa a costa no início dos anos 50. Acompanhada de seus dois filhos, ela busca uma solução fácil e rápida para os problemas da família - um homem rico e um casamento. O filho mais novo George (Lerman) narra esse roadmovie tragicômico sobre superação e a busca de ideais próprios. E conta os percalços pelos quais ele, a mãe Ann (Zellweger) e o irmão mais velho, Robbie (Rendall), passam nessa jornada de Nova York a Los Angeles.

A personagem de Zellweger é uma dondoca que se cansa das constantes traições do marido, o líder de orquestra interpretado por Kevin Bacon, e decide colocar um fim na história do casal. Sem aptidões e interesses próprios, ela se move pela intuição e apoiada no bom senso dos filhos adolescentes. É tão imatura quanto eles e o caminho que percorrem juntos serve para que todos cresçam. "Quando li o roteiro, não parava de rir e não via a hora de interpretar o papel", disse ela. A outro jornalista que mencionou a recorrência de mulheres frágeis no currículo da atriz, ela respondeu: "Nem sempre. Interpretei mulheres muito ruins, vis e desprezíveis!"

Loncraine explicou que o roteirista Charlie Peters apropriou-se da história pessoal do ator americano George Hamilton, famoso estrela do faroeste no auge do gênero, para criar a ficção no centro do filme. "O que há de verdadeiro na história de Hamilton está no começo e no fim, quando ele foi descoberto em Hollywood", disse o cineasta, cujos trabalhos mais populares no Brasil são "Wimbledon - O Jogo do Amor" e "Firewall - Segurança em Risco". "Todo o resto foi resultado da imaginação de Peters, que inventou muitas daquelas situações pelas quais eles passam."

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