Exposição sobre Polanski começa neste sábado, no Rio

Um dos maiores cineastas vivos, o franco-polonês Roman Polanski é motivo da exposição “Roman Polanski. Ator. Diretor”, que será aberta oficialmente ao público nesse sábado (25), a partir das 18h, no Galpão da Cidadania (Av. Barão de Tefé, 75 – Centro, Rio), como atração paralela do Festival do Rio. Mais do que uma mera exibição de flagrantes de sets de filmagem, a mostra promete um passeio sensorial pela trajetória profissional do autor de clássicos como “O Bebê de Rosemary”, “A Dança dos Vampiros”, “Chinatown” e do recente “O Escritor Fantasma”.

Além de 25 cartazes e 30 fotos e stills (fotos promocionais) dos filmes de Polanski, ampliados para painéis de 70cmx100cm, um telão e um monitor de TV exibirão trechos de seus longas-metragens, além de depoimentos de artistas sobre o diretor. Os pôsteres fazem parte do acervo do Museu de Fotografias de Lodz, e foram concebidos por artistas poloneses como Roslaw Szaybo, Wieslaw Walkuski e Jan Lenica. Um CD com músicas dos filmes do cineasta fornece a trilha sonora da exibição, que tem entrada gratuita ao público.

É uma versão mais compacta da exposição original, que já passou pela Polônia, Alemanha e Inglaterra, e que aqui ganha um formato multimídia. “Algumas das fotos foram feitas pelo próprio Polanski, fazem parte da coleção particular dele”, conta Urzsula Groska, curadora da exposição. “Mas, como não foi possível trazer a exposição completa, que tinha cerca de 50 cartazes, por exemplo, acrescentamos essas outras atrações audiovisuais. A exposição foi montada de forma a que o público tenha acesso à carreira de Polanski de maneira cronológica”.

Um dos acréscimos bolados por Urzsula é uma pequena mostra de seis curtas-metragens do diretor, com sessões nos dias 26, 28 e 30 de setembro e 1º de outubro, sempre às 17h. A maior parte foi realizada durante o período em que estudou na Escola de Cinema de Ludz, a mais renomada da Polônia. “A gente não conseguiu encontrar ‘A Primeira Bicicleta’, o primeiro curta dele, realizado ainda em 1955, mas conseguimos garantir ‘Assassinato’ (1957), ‘Sorriso’ (1957), ‘Dois Homens e Um Guarda Roupa’ (1958), ‘Vamos Arrombar a Festa’ (1957), ‘Quando Caem os Anjos’ (1959) e ‘Lâmpada’ (1959)”.

A parte audiovisual da exposição será inaugurada com a projeção do documentário Roman Polanski, de Ale Primo, sobre a vida e a obra do realizador, produzido por Urzsula durante uma das últimas passagens do mestre polonês pelo Brasil. “Começamos a fazer esse documentário ainda em 2004, quando conseguimos trazê-lo para fazer uma retrospectiva dos filmes dele aqui”, explica a curadora. “O legal é que Polanski fala muito no filme, comenta todos os seus trabalhos. Tem ainda depoimentos de artistas como Caetano, Gilberto Gil, Cacá Diegues e Ugo Giorgetti.”

A exposição “Roman Polanski. Ator.Diretor” é complementada por um catálogo, compilado por Barbara Kurowska, que conta com contribuições de pessoas que trabalharam com o cineasta, como Gene Gutowski, Amy Sheppard, Jerzy Skolimowski (homenageado com uma retrospectiva no festival), Allan Starski, Waldemar Pokromski, Andrzej Kostenko, Andrzej Wajda e Janusz Morgenstern. As sessões dos curtas nos dias 26, 28, 29 de setembro e 1º e 3 de outubro serão seguidas por um ciclo de debates sobre diferentes aspectos da obra do diretor, conduzida por críticos e pesquisadores.

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