Festival do Rio tem noite de homenagens em sessão de filme restaurado

O Festival do Rio leva às telas a produção recente do cinema mundial, mas reserva espaço para relembrar títulos mais antigos. Já é rotina a sessão de filmes restaurados pelo CPCB (Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro) que acontece há nove anos.

Na noite dessa segunda-feira (4) houve uma novidade na ocasião: o CPCB recebeu uma homenagem pelos seus dez anos de existência oferecida pelo Fórum dos Festivais. Myrna e Carlos Brandão subiram no palco para representar o CPCB e chamaram outros membros do alto escalão da entidade para dividir a honraria do Cine Odeon.

Depois foi a vez de começarem as homenagens que envolviam "Rico Ri à Toa" (1957), o filme restaurado da sessão. O cineasta Roberto Faria subiu ao palco enquanto os familiares dos atores ficaram na plateia, mas eles também receberam sua parcela de aplausos dos presentes.

"Eu nunca pensei que alguém algum dia iria se interessar por [meu filme]", declarou Roberto Farias. "Vocês [aqui presentes] me lembraram da estreia do filme." O diretor ainda contou a história de como foi produzir o primeiro longa em que não seria assistente e passaria a assinar a direção, que envolveu empréstimo de alto risco.

"Rico Ri à Toa" conta a história do taxista Zé da Fubica (papel de Zé Trindade) que recebe uma grande soma de dinheiro repentinamente por uma herança falsa. Mesmo com uma bela casa em Ipanema, ele ainda mantém os gostos de quando era pobre: reunir-se com os amigos e ouvir um bom samba, quando sua brava esposa permite.

A sessão do Cine Odeon provou que o humor da década de 50 ainda funciona, com a plateia dando risadas das piadas. O condenável foi a má-educação de grande parte dos presentes no evento. Conversas podiam ser escutadas em todas as partes da grande sala, sem qualquer preocupação de atrapalhar a sessão dos outros espectadores.

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