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05/10/2008 - 12h22

"Import Export" revela impasse da globalização na Europa

NEUSA BARBOSA

Colaboração para o UOL, do Rio
Documentarista premiado, o cineasta austríaco Ulrich Seidl vem mostrando na ficção, gênero em que estreou em 2001 com "Dias de Cão", a disposição de retratar o lado mais sombrio da Europa.

É o que ele faz também em seu segundo longa de ficção, o drama "Import Export", que fez parte da competição no Festival de Cannes em 2007 e tem suas duas últimas exibições no Festival do Rio neste domingo (5). O título refere-se não a mercadorias e sim a seres humanos.

Um deles é a enfermeira Olga (Ekateryna Rak). Ucraniana, ela deixa sua família, filho inclusive, e parte para a Áustria em busca de salário melhor. Consegue emprego como governanta, depois faxineira de um hospital geriátrico. Mas o melhor pagamento é do mercado do sexo, de onde vem um convite para que Olga se exiba em situações quase sempre constrangedoras para clientes que espiam mulheres em redes on line.

Fazendo o caminho inverso está um desempregado austríaco, Paul (Paul Hoffmann), que encontra como única opção embarcar para a Ucrânia com o padrasto, para atuar no submundo das máquinas de apostas.

"Import Export" tem suas duas últimas sessões hoje, às 17h45 e à 0h no Espaço de Cinema 3.

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