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14/01/2008 - 03h35
"Desejo e Reparação" fatura Melhor Filme, mas decepciona no Globo de Ouro
David Valenzuela
Los Angeles (EUA), 13 jan (EFE).- O filme britânico "Desejo e
Reparação", do diretor Joe Wright, ficou com duas estatuetas do
Globo de Ouro, incluindo a de Melhor Filme Dramático, mas mesmo
assim o sentimento era de frustração, após ter recebido sete
indicações para a premiação deste domingo.

O filme, baseado no romance homônimo de Ian McEwan, era cotado
para sair como o vencedor absoluto do Globo de Ouro, marcado este
ano pelo cancelamento da cerimônia de entrega das estatuetas em
função da greve dos roteiristas americanos.

Além do prêmio de Melhor Filme, "Desejo e Reparação" volta para
casa apenas com a estatueta de Melhor Trilha Sonora, concedida ao
compositor Dario Marianelli.

O filme, que conta uma história de amor, ciúmes e expiação
ambientada na Inglaterra da Segunda Guerra Mundial, deixou escapar
os prêmios de Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Atriz
Coadjuvante e os de Melhor Ator e Atriz de Drama.

"Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", de Tim Burton,
"Onde os Fracos Não Têm Vez", dos irmãos Ethan e Joel Coen, e "O
Escafandro e a Borboleta", de Julian Schnabel, também receberam duas
estatuetas cada um.

A última colaboração de Tim Burton e Johnny Depp foi agraciada
como Melhor Filme Musical ou de Comédia, em uma categoria na qual
venceu "Across the Universe", "Hairspray: Em Busca da Fama", "Juno"
e "Jogos do Poder", estrelado por Tom Hanks e Julia Roberts.

Seu trabalho em "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet"
valeu a Johnny Depp o Globo de Ouro de Melhor Ator de Musical ou
Comédia, batendo nomes de peso como Tom Hanks e Philip Seymour.

Outro protagonista da noite foi Daniel Day-Lewis, que, em sua
quinta nomeação, recebeu a estatueta de Melhor Ator Dramático por
sua interpretação de um magnata do petróleo em "Sangue Negro",
dirigido por Paul Thomas Anderson.

Daniel Day-Lewis também derrotou nomes consagrados de Hollywood,
como George Clooney e Denzel Washington, além de Viggo Mortensen e
James McAvoy.

Já Julie Christie superou pesos pesados como Angelina Jolie,
Jodie Foster, Cate Blanchett e Keira Knightley para ficar o prêmio
de Melhor Atriz Dramática pelo filme "Longe Dela", onde vive uma
doente de Alzheimer.

A francesa Marion Cotillard ficou com a estatueta de Melhor Atriz
de Comédia e Musical, por sua aclamada interpretação da cantora
Edith Piaf no filme "Piaf - Um Hino ao Amor".

Cate Blanchett faturou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por
seu trabalho em "Não Estou Lá".

O espanhol Javier Bardem foi agraciado como Melhor Ator
Coadjuvante por seu trabalho em "Onde os Fracos Não Têm Vez", que
também valeu aos irmãos Coen a estatueta de Melhor Roteiro Original.

Já o britânico Ridley Scott viu seu filme "O Gângster", indicado
a três Globos de Ouro, terminar a noite sem qualquer premiação.

O filme "Ratatouille", da Disney/Pixar, levou o Globo de Ouro de
Melhor Animação, batendo "Bee Movie: A História de uma Abelha", da
DreamWorks e escrito pelo aclamado comediante Jerry Seinfeld, e o
aguardado "Os Simpsons - O Filme", da 20th Century Fox.

Na televisão, sucessos como "Grey's Anatomy" e "House" passaram
despercebidos em favor de "Mad Men", que ganhou o Globo de Ouro de
Melhor Série Dramática.

A série "Extras", da "HBO" e centrada no mundo da interpretação,
ficou com o prêmio de Melhor Comédia.

Glenn Close foi reconhecida por seu papel na série de televisão
"Damages", faturando a estatueta de Melhor Atriz Dramática, enquanto
David Duchovny, que se tornou famoso por interpretar o agente Fox
Mulder em "Arquivo X", levou o prêmio de Melhor Ator de Comédia pela
divertida série "Californication".