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03/09/2008 - 11h05

Drama familiar de Jonathan Demme agrada em Veneza

MARIANE MORISAWA

Colaboração para o UOL, de Veneza
Uma sala lotada mostrou que os americanos ainda têm a força. A primeira exibição de "Rachel Getting Married", de Jonathan Demme, na manhã desta quarta-feira 3, na competição do 65o Festival de Veneza, foi bastante aplaudida. A mesma coisa aconteceu na coletiva de imprensa, logo na seqüência.

AFP
O diretor americano Jonathan Demme "enquadra" os fotógrafos na coletiva de "Rachel Getting Married"
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Anne Hathaway deixa de lado as princesas e meninas boazinhas para fazer Kym, uma garota complicada
FOTOS DE "RACHEL GETTING MARRIED"
ASSISTA AO TRAILER DO FILME
IMAGENS DE VENEZA EM 3/9
O diretor de "O Silêncio dos Inocentes", que nos últimos anos tem se dedicado mais aos documentários, filma à maneira documental este drama familiar. A câmera se aproxima dos personagens, que aparecem fortes e complexos. Mas "Rachel Getting Married" não conta uma história nova.

Anne Hathaway deixa de lado os papéis de princesa e meninas boazinhas para fazer Kym, uma garota que tem entrado e saído de clínicas de reabilitação por dez anos. Ela volta para casa nas vésperas do casamento da irmã Rachel (Rosemarie DeWitt), trazendo à tona ressentimentos e acusações.

"Todos me perguntam sobre Kym, uma personagem torturada, consumida pela escuridão. Mas nunca pensei nela nesses termos. Para mim, ela sempre foi uma garota lutando para viver sua vida e que é extremamente honesta, é honesta até de forma mal-educada. Foi divertido interpretar alguém que é o combustível das cenas", disse a atriz Anne Hathaway.

Jonathan Demme comentou sobre o fato de gente de várias raças aparecer nesse casamento. "Este é o tipo de grupo de pessoas com quem convivo. Esta é a América com a qual me sinto conectado. Alguém me disse que o filme é sobre um casamento inter-racial (Rachel casa-se com o afro-americano Sidney, interpretado por Tinde Adebimpe). E eu disse: não, não é", afirmou o diretor, revelando que o ator foi o sétimo a ser convidado para o papel - o primeiro foi o cineasta Paul Thomas Anderson, que é branco. "Mas esta é a América de que gosto e que está mais forte ainda com a indicação de Barack Obama."

Um jornalista perguntou à roteirista Jenny Lumet se essa família tentar se reunir é uma metáfora para o momento atual dos Estados Unidos, um país buscando se unir novamente. "Isso não tinha me ocorrido, mas talvez seja o que estejamos fazendo. Tenho dois filhos e é uma luta para que eles não fiquem separados. A família do filme luta para ficar junta e acho que é isso o que estamos fazendo agora", afirmou.

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