Por Belinda Goldsmith
CANBERRA (Reuters) - O ator Heath Ledger foi muito elogiado pela crítica australiana na sexta-feira por sua derradeira atuação, no papel de Coringa no novo filme sobre Batman. Os elogios alimentaram especulações sobre a possibilidade de um raro Oscar póstumo.
Divulgação Heath Legder como Coringa entrega uma interpretação impressionante |
David Stratton, do jornal The Australian, disse que a atuação de Ledger como "um vilão inesquecível, genuinamente assustador" foi um cruzamento entre Marlon Brando e James Cagney, com uma pitada de Edward G. Robinson.
A editora de cinema do Daily Telegraph, Vicky Roach, disse que há uma intensidade mórbida no interesse suscitado pela atuação final de Ledger, mas que "seu triunfo na criação de um dos vilões mais memoráveis da história recente do cinema deve ser comemorado".
A atuação intensa de Ledger no papel do Coringa já lhe valeu aplausos de colegas de elenco e críticos internacionais, tornando-o favorito improvável para a conquista póstuma de um Oscar de melhor ator coadjuvante, em fevereiro.
Ele foi indicado ao Oscar de melhor ator em 2006 pelo papel de caubói gay em "O Segredo de Brokeback Mountain".
"Se há um movimento em favor de dar a Ledger o primeiro Oscar póstumo de ator desde que Peter Finch o conseguiu por 'Rede de Intrigas', de 1976, estou dentro", escreveu o crítico de cinema da Rolling Stone, Peter Travers.
Finch, que nasceu na Inglaterra mas foi criado na Austrália, morreu de enfarte aos 60 anos durante o período de votação do Oscar e é até hoje o único ator a ter recebido o prêmio após sua morte, embora vários Oscars póstumos tenham sido dados em outras categorias.
Mas a história não está do lado de Heath Ledger. Cinco outros atores indicados postumamente ao Oscar não o receberam.
James Dean foi indicado duas vezes à estatueta de melhor ator após sua morte, e Spencer Tracy, Massimo Troisi, Ralph Richardson e Jeanne Eagels também foram indicados, mas não premiados.