"Muito do glamour associado aos Oscar ainda está presente, mas está sendo suavizado pelos tempos econômicos", disse Gibbons.
A revista Vanity Fair, cuja festa tradicionalmente é a de maior prestígio entre as festas pós-Oscar, vai promover seu evento de gala anual, mas ele será mais moderado que os dos anos recentes, devido em parte à recessão.
Elton John e David Furnish vão promover seu evento anual de caridade, mas não haverá as festas particulares concorrentes promovidas no ano passado por Madonna e Prince. Em lugar delas, a elite de Hollywood talvez vá para uma festa patrocinada pela Mercedes-Benz.
Sobriedade, mas não pessimismo
Muitos orçamentos foram reduzidos nesses eventos luxuosos pré-Oscar e da noite do Oscar. "Alguns foram reduzidos em 1 por cento, outros em 75 por cento", disse Michael Gapinsky, vice-presidente do serviço de catering Along Came Mary.
As elegantes suítes de hotéis em que estilistas, joalheiros e empresas de cosméticos mimam as estrelas ainda serão um elemento importante nas listas de lugares a ir na semana do Oscar. Mas a caridade também ganhará destaque neles, onde os convidados terão a opção de doar produtos ou dinheiro a outros, disse Gavin Keilly, fundador da GBK Productions, que organiza suítes de presentes.
Os organizadores também prometem um visual novo na cerimônia de entrega dos prêmios da Academia, na noite de domingo. No início do mês, Sid Ganis, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, disse que os produtores da cerimônia "vão assumir alguns riscos, muitos riscos, alguns deles ousados".
Ele não detalhou os riscos, e os produtores Bill Condon e Laurence Mark (do musical "Dreamgirls - Em Busca de Um Sonho") também não querem divulgar nada. A apresentação ficará por conta do australiano Hugh Jackman, que além de atuar canta e dança, em lugar de um comediante, como de costume. Por essa razão, muitos observadores estão prevendo uma apresentação de tipo musical.
O que se sabe é que "Quem Quer Ser Um Milionário", feito com elenco de atores indianos quase todos desconhecidos, é o favorito claro para o Oscar de melhor filme, tendo já sido premiado pelos produtores, diretores e roteiristas, muitos dos quais são eleitores da Academia. O diretor do filme, o britânico Danny Boyle, é visto como favorito para ficar com o Oscar de direção.
Os outros indicados são "Milk - A Voz da Igualdade", sobre o ativista gay assassinado Harvey Milk; "Frost/Nixon", que recria as entrevistas na TV dadas pelo ex-presidente americano Richard Nixon ao apresentador de TV britânico David Frost; "O Curioso Caso de Benjamin Button", com Brad Pitt no papel de um homem que rejuvenesce ao longo da vida, e o drama do Holocausto "O Leitor".
Na disputa pelo Oscar de melhor ator, a expectativa é de uma disputa acirrada entre Sean Penn, representando Harvey Milk, e Mickey Rourke, por "O Lutador". Frank Langella como Nixon é um nome improvável, mas que também tem chances de vencer.
Kate Winslet como mulher que tem um passado secreto, em "O Leitor", e Meryl Streep como freira católica que luta para pôr fim a abusos sexuais, em "Dúvida", disputam o Oscar de melhor atriz.
A expectativa é que o falecido Heath Ledger fique com o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo papel de Coringa em "Batman - O Cavaleiro das Trevas", e Penélope Cruz é vista por muitos como a melhor candidata ao troféu de melhor atriz coadjuvante, por "Vicky Cristina Barcelona".